História dos Santos

Santa Teresa de Ávila - Reformadora do Carmelo e Doutora da Igreja

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História de Santa Tereza de Ávila

500 ANOS DE SEU NASCIMENTO

28 DE MARÇO DE 1515 - 28 DE MARÇO DE 2015 

Santa Tereza de Jesus, Doutora da Igreja, reformadora do Carmelo.

 

Infância e estudos

Tereza de Cepeda e Ahumada, nasceu em Ávila, Espanha, no ano de 1515. Filha de Alonso Sanches de Cepeda e Beatriz Dávila e Ahumada. Teve educação esmerada e muito cuidada pelos pais. Gostava de ler histórias de santos, chegando a fugir de casa com seu irmão para dar a vida por Cristo tentando evangelizar os mouros.

Perdeu a mãe faleceu quando tinha 14 anos. Seu pai a levou para estudar no Convento das Agostinianas de Ávila. Quando leu as "Cartas" de São Jerônimo, disse  a seu pai que iria se tornar religiosa. Conta a vontade de seu pai aos 20 anos fugiu para o Convento Carmelita de Encarnacíon, em Ávila.

 Vida religiosa

Estando no Convento da Encarnação, contraiu uma doença que a consumiu por três anos, então foi levada pelo pai para que se tratasse.

Retornou ao Carmelo após estar curada, sendo que durante o período que esteve fora do convento praticou a oração mental seguida pelo livro, "O terceiro alfabeto espiritual", do padre Francisco de Osuna.

Com muita amabilidade e caridade, conquistava a todos conversando no locutório do Carmelo.

Após 25 anos no Carmelo pede permissão ao provincial, padre Gregório Fernandez para fundar novas casas, com uma vida mais austera e com menos irmãs, visto que onde ela morava haviam mais de 200 freiras.

Apesar de a maioria ter ido contra, Santa Tereza continuou com sua missão fundando várias casas, com o apoio de dois frades carmelitas, o superior Antonio de Jesus de Heredia, e Juan de Yepes, (São João da Cruz).

Após muita luta conseguiu autorização de Roma para separar a ordem das carmelitas descalças, (por usarem roupas rasgadas e sandálias ao invés de sapatos e hábitos), das carmelitas calçadas, ordem a que pertenciam.

Ela deixou para São João da Cruz a missão de continuar fundando novos conventos, escrevendo também a pedido de Santa Tereza, as regras para os mosteiros masculinos.

Legado para a humanidade

Ela realizou a grande reforma na Ordem das Carmelitas Descalças.

Fundou vários conventos, (32 mosteiros, 17 femininos e 15 masculinos), com uma rígida forma de vida, trabalho e silêncio.

Considerada muito inteligente, deixou várias obras escritas, como o Livro da Vida, o Caminho da Perfeição, Moradas e Fundações entre outros.

Através de sua capacidade intelectual, desenvolveu forte doutrina que dirige a alma até uma espiritualidade com Deus, no centro do Castelo Interior, com base na espiritualidade carmelita, que são os quatro degraus da  oração: o recolhimento, a quietação, a união e o arrebatamento.

Um anjo transpassou seu coração com uma seta de fogo, fato este que é comemorado pelo Carmelo com a festa da Transverberação do coração de Santa Tereza, no dia 27 de agosto.

Cheia de dons, mas possuía um especial de predizer o futuro e de ler as consciências das pessoas.

Morte

Teve a revelação da hora de sua morte oito anos antes, o que fez crescer mais ainda o seu amor a Deus e as orações.

Morreu no dia 4 de outubro de 1582, com 67 anos.

Após a viagem para encontrar com a Duqueza  Maria Henriques, ficou por três dias na cama pois ficou muito debilitada, e disse a Beata Ana de São Bartolomeu : "Finalmente, minha filha, chegou a hora da minha morte." E na hora de sua morte ela disse: "Oh, senhor, por fim chegou a hora de nos vermos face a face".

Foi sepultada em Alba de Tormes, onde estão suas relíquias.

Após sua morte, até os dias de hoje, seu corpo exala um perfume de rosas, e se conserva intacto,(incorruptível).

Seu coração conservado em um relicário, em Alba, na igreja das Carmelitas, tem uma profunda ferida, de quando foi marcado pelo anjo.

Foi canonizada  no dia 27 de setembro de 1970, pelo Papa Paulo Vl, que lhe conferiu o título de Doutora da Igreja, e sua festa é comemorada no dia 15 de outubro.

 Oração

"Nada te perturbe, nada te amedronte, tudo passa, a paciência tudo alcança. A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta."

Ó Santa Tereza de Jesus, vós sóis a mestra da genuína oração e nos ensinais a rezar conversando com Deus, Pai Filho e Espírito Santo.

Ó Santa Tereza, ajudai-nos a rezar com fé e confiança, sem nunca duvidar da bondade divina.

Ajudai-nos a rezar com inteira conformidade de vossa vontade com a vontade de Deus, com insistente perseverança até alcançarmos aquilo que necessitamos.

Ó Santa Tereza, fazei-nos fiéis a nossa oração da manhã e da noite, e a transformar em oração o cumprimento de nossas tarefas de cada dia.

Que a oração seja para nós a porta de nossa conversão e santificação, a chave de ouro que nos abrirá as portas do Céu. Amém.

Santa Tereza de Jesus... Rogai por nós.

 

Fonte - www.cruzterrasanta.com.br

UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DE SUA VIDA

Teresa de Cepeda y Ahumada nasceu em 1515 em Gotarrendura, um cidade na província de Ávila, no Reino de Castela. Seu avô paterno, Juanito de Hernandez, era um marrano (um converso) e foi condenado pela Inquisição espanhola por ter supostamente retornado à fé judaica. Seu pai, Alonso Sánchez de Cepeda, comprou um título cavaleiro e conseguiu com sucesso ser assimilado pela sociedade católica. A mãe de Teresa, Beatriz de Ahumada y Cuevas , era especialmente dedicada à missão de criar a filha como uma piedosa cristã. Teresa era fascinada por relatos sobre vidas de santos e fugiu aos sete anos com seu irmão mais novo Rodrigo para tentar conseguir seu martírio entre os mouros. Seu tio conseguiu impedi-los por sorte ao vê-los já fora das muralhas quando voltava de outra cidade.

A morte de sua mãe quando Teresa tinha apenas quatorze anos provocou-lhe uma tremenda tristeza que estimulou-a abraçar ainda mais a devoção à Virgem Maria como sua mãe espiritual. Porém, ela adquiriu também um interesse exagerado na leitura de ficções populares, principalmente novelas de cavalaria, e um renovado interesse em sua própria aparência. Na mesma época, foi enviada como interna para uma escola de freiras agostinianas em Ávila, o Convento de Nossa Senhora da Graça.

Pouco depois, piorou de uma enfermidade que começara a molestá-la antes de professar seus votos e seu pai a retirou do convento. A irmã Joana Suárez acompanhou Teresa para ajudá-la. Os médicos, apesar de todos os tratamentos, deram-se por vencidos e a enfermidade, provavelmente malária, se agravou. Teresa conseguiu suportar o sofrimento, graças a um livro devocional que lhe fora dado de presente por seu tio Pedro, "O Terceiro Alfabeto Espiritual", do Padre Francisco de Osuna. Esta obra, seguindo o exemplo diversas outras de místicos medievais, consistia de instruções para exames de consciência, para auto-concentração espiritual e contemplação interior (técnicas conhecidas no jargão místico como oratio recollectionis ou oratio mentalis). Teresa também fazia uso de outras obras ascetas como o Tractatus de oratione et meditatione de São Pedro de Alcântara, talvez muitas das obras nas quais Santo Inácio de Loyola baseou seus "Exercícios Espirituais" e possivelmente os próprios "Exercícios". Teresa seguiu as instruções da obra e começou a praticar a oração mental. Finalmente, após três anos, ela recuperou a saúde e retornou diretamente para tomar o hábito no Carmelo.

Teresa conta que durante sua enfermidade, ascendia do estágio mais baixo, da "oração mental", ao de "oração do silêncio" ou mesmo ao de "devoções de êxtase", que era um de união perfeita com Deus. Durante este estágio final, Teresa conta que experimentava com frequência uma rica "benção de lágrimas". Conforme a distinção católica entre pecado mortal e venial foi se tornando clara para ela, passou também a compreender o terror profundo do pecado e a natureza do pecado original. Em paralelo, conscientizou-se de sua própria impotência em confrontar o pecado e certificou-se da necessidade da sujeição absoluta a Deus.

Por volta de 1556, vários amigos sugeriram que este conhecimento recém-revelado a Teresa era de origem diabólica e não divina e, como resultado, Teresa passou a infligir a si própria diversas torturas e outras formas de mortificação. Mas seu confessor, o padre jesuíta Francisco de Borja, reassegurou-a da divina inspiração de seus pensamentos. No dia de São Pedro de 1559, Teresa se convenceu firmemente que Jesus Cristo teria aparecido para ela de corpo presente, só que invisível. Estas visões continuaram por mais de dois anos ininterruptos e, numa delas, um serafim trespassou repetidamente seu coração com a ponta inflamada de uma lança dourada provocando nela uma inefável dor espiritual e corporal: “Eu vi em sua mão uma longa lança de ouro e, na ponta, o que parecia ser uma pequena chama. Ele parecia para mim estar lançando-a por vezes no meu coração e perfurando minhas entranhas; quando ele a puxava de volta, parecia levá-las junto também, deixando-me inflamada com um grande amor de Deus. A dor era tão grande que me fazia gemer; e, apesar de ser tão avassaladora a doçura desta dor excessiva, não conseguia desejar que ela acabasse...”

Esta visão foi a inspiração de uma das mais famosas obras de Bernini, a escultura "O Êxtase de Santa Teresa", que está na Igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma. A memória deste episódio serviu de inspiração pelo resto da vida de Teresa e motivou sua perene disposição de imitar a vida e os sofrimentos de Jesus, epitomizada no motto geralmente associado com ela: "Senhor, ou me deixe sofrer ou me deixe morrer".

Reformadora

O Êxtase de Santa Teresa, estátua de Bernini na igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma. Os profundos êxtases de Santa Teresa são descritos em detalhes em suas obras e inspiraram diversos outros religiosos, principalmente São João da Cruz.

Teresa entrou para o Convento Carmelita da Encarnação em Ávila em 2 de novembro de 1535 e logo se viu cada vez mais em desarmonia com os males que assolavam o mosteiro. Entre as 150 freiras que viviam ali, a observância do enclausuramento - projetado para reforçar o espírito e a prática da oração - tornou-se tão relaxada que já não mais cumpria seu objetivo. A invasão diária de visitantes, muitos de alto status social e político, viciaram a atmosfera do local com preocupações frívolas e conversas tolas. Cada vez mais convencida de sua indignidade, Teresa invocava com frequência os grandes santos penitentes, Santo Agostinho e Santa Maria Madalena, aos quais estão associados dois fatos que foram decisivos na vida da santa. O primeiro foi a leitura das "Confissões" de Santo Agostinho. O segundo foi um chamamento à penitência que ela experimentou diante de um quadro da Paixão de Cristo: "Senti que Santa Maria Madalena vinha em meu socorro... e desde então muito progredi na vida espiritual". Sentia-se muito atraída pelas imagens de Cristo ensanguentado em agonia. Certa ocasião, ao deter-se sob um crucifixo muito ensanguentado, perguntou: "Senhor, quem vos colocou aí?"Pareceu-lhe ouvir uma voz: "Foram tuas conversas no parlatório que me puseram aqui, Teresa". Ela chorou muito e a partir de então não voltou a perder tempo com conversas inúteis e nas amizades que não a levavam à santidade. Teresa que começou a planejar alguma ação para reverter a situação.

O incentivo para expressar publicamente suas motivações interiores foi incentivado em Teresa pelo padre franciscano São Pedro de Alcântara, que a conheceu por volta de 1560 e tornar-se-ia depois seu diretor espiritual e mentor. Teresa decidiu fundar um carmelo reformado, corrigindo o relaxamento que encontrou no claustro do Carmelo da Encarnação e em outros. Guimara de Ulloa, uma amiga muito rica financiou a empreitada.

A pobreza extrema do novo carmelo, fundado em 1562 e batizado de Convento de São José, a princípio escandalizou os habitantes e as autoridades de Ávila, o que colocou o pequeno carmelo e sua capela sob o risco de ser suprimido. Contudo, poderosos patrocinadores, incluindo São Luís Beltrán e o próprio bispo de Ávila, e a impressão de uma subsistência assegurada e prosperidade potencial logo transformaram animosidade em aplausos.

Em março de 1563, quando Teresa se mudou para o novo claustro, recebeu sanção papal ao seu princípio primal de pobreza absoluta através da renúncia à propriedade, logo consolidado numa "Constituição". Seu plano era reavivar regras antigas e mais estritas, suplementando-as com novos regulamentos, como as três disciplinas de flagelação cerimonial prescritas para o Ofício Divino todas as semanas e também o abandono do uso de calçados. Teresa estabeleceu em seu convento a mais estrita clausura e o silêncio quase perpétuo. As religiosas vestiam hábitos toscos, usavam sandálias em vez de sapatos (por isso foram chamadas "descalças") e eram obrigadas a abstinência perpétua de carne. A fundadora, a princípio, não aceitou comunidades com mais de treze religiosas. Mais tarde, nos conventos que possuíam alguma renda, aceitou que residissem vinte monjas.

Nos cinco primeiros anos no novo convento, Teresa permaneceu reclusa e dedicou-se a escrever.

Em 1567, ela recebeu uma carta patente de um prior geral carmelita, Rubeo de Ravena, para fundar novas casas de sua ordem e, com este objetivo, Teresa passou a realizar longas viagens por todas as províncias da Espanha, relatadas em seu "Libro de las Fundaciones". Entre 1567 e 1571, conventos reformados foram fundados em Medina del Campo, Malagón, Valladolid, Toledo, Pastrana, Salamanca e Alba de Tormes.

Como parte de sua patente original, Teresa recebeu permissão para criar duas novas casas para homens que desejassem adotar suas reformas e, para ajudá-la, convenceu São João da Cruz e Santo Antônio de Jesus. Eles fundaram o primeiro convento de irmãos carmelitas descalços em novembro de 1568 em Duruello. Outro amigo, Jerônimo, um visitador dos carmelitas da antiga observância da Andaluzia, comissário apostólico e, depois, prior provincial das reformas teresianas, colocou toda a força de seu apoio para permitir a fundação de conventos em Segóvia (1571), Beas de Segura (1574), Sevilha (1575) e Caravaca de la Cruz (Múrcia, 1576), enquanto que o profundamente místico João da Cruz, através de sua poderosa pregação, promovia a conversão de novos membros para o movimento.

Em 1576, uma série de perseguições começou por parte dos carmelitas da antiga observância contra Teresa, seus amigos e suas reformas. Em acordo com um conjunto de resoluções adotadas no capítulo geral em Placência, os definidores da ordem proibiram a fundação de novos conventos e condenaram Teresa a uma reclusão voluntária em uma de suas instituições. Ela obedeceu e escolheu ficar no Carmelo de São José em Ávila, a primeira. Seus amigos e subordinados foram alvo de grandes provações.

Finalmente, depois de diversos anos, suas súplicas por escrito ao rei Filipe II da Espanha conseguiram aliviar a situação. Em 1579, os processos contra ela e Graciano na Inquisição foram engavetados, o que permitiu que suas reformas continuassem. Um memorando do papa Gregório XIII permitiu a criação de um provincial especial para o novo ramo das freiras carmelitas descalças.

Nos três anos finais de sua vida, Teresa fundou conventos em Villanueva de la Jara, no norte da Andalusia(1580), Palencia (1580), Soria (1581), Burgos e Granada (1582). No total, dezessete conventos, todos menos um fundados pessoalmente por ela. Uma mesma quantidade de mosteiros para homens foram também estabelecidos durante os vinte anos de sua atividade reformadora.

A aflição final acometeu Teresa em uma de suas inúmeras viagens, desta vez no trecho entre Burgos e Alba de Tormes. Ela morreu em 1582, justamente no dia que as nações católicas do mundo estavam fazendo a troca do calendário juliano para o gregoriano, o que requereu a eliminação de todas as datas entre 5 e 14 de outubro do calendário. Assim, ou Teresa morreu antes da meia-noite de 4 de outubro ou nas primeiras horas de 15 de outubro, dia escolhido para celebrar sua festa. Suas últimas palavras foram:"Meu Senhor, é hora de seguir adiante. Pois bem, que seja feita Tua vontade. Ó meu Senhor e meu Esposo, a hora que tanto esperei chegou. É hora de nos encontrarmos!". Foi sepultada em Alba de Tormes, onde repousam suas relíquias.

Em 1622, quarenta anos depois de sua morte, Teresa foi canonizada por Gregório XV. Cinco anos antes, as Cortes Generales já haviam escolhido Teresa como padroeira da Espanha ao mesmo tempo que a Universidade de Salamanca conferiu-lhe o diploma de Doctor ecclesiae. Este título, que significa "doutor da Igreja", é diferente da honraria papal de "Doutor da Igreja", que é sempre conferido postumamente e que foi finalmente agraciado a Teresa pelo papa Paulo VI em 27 de dezembro de 1970, a mesma data que Santa Catarina de Siena recebeu o título que fez das duas as primeiras doutoras da história da Igreja Católica.

Provavelmente o retrato mais fiel de Santa Teresa. Trata-se de uma cópia de uma pintura original dela feita em 1576, quando tinha 61 anos.

O cerne do pensamento místico de Teresa em todas as suas obras é a ascensão da alma em quatro estágios:

O primeiro - "oração mental" - é o de devota contemplação ou concentração, o afastamento da alma do mundo exterior e especialmente a devota observância da paixão de Cristo e da penitência.

O segundo - "oração de silêncio" - é aquele no qual pelo menos a vontade humano se perde na de Deus em virtude de um estado carismático sobrenatural agraciado por Deus, enquanto as demais faculdades, como memória, razão e imaginação, ainda não estão preservadas das distrações mundanas. Apesar de esta distração parcial se dar por causa de atos exteriores como a repetição ininterrupta de orações ou a escrita de temas espirituais, o estado prevalecente é o de quietude e silêncio.

O terceiro - "devoção de união" - já não é apenas um estado sobrenatural, mas essencialmente um êxtase. Nele, a razão também é absorvida por Deus e apenas a memória e a imaginação permanecem. Este estado é caracterizado por uma ditosa paz, por um delicioso sono de, pelo menos, as mais elevadas faculdades da alma ou ainda por um arrebatamento consciente no amor de Deus.

O quarto - "devoção do êxtase ou arrebatamento" - é um estado passivo no qual o sentimento de estar num corpo desaparece (veja II Coríntios 12, 2-3). A atividade sensorial cessa, a memória e a imaginação também são absorvidas em Deus ou são "intoxicadas". Corpo e espírito sofrem de uma dor doce e feliz, que alterna entre um tenebroso brilho, uma completa impotência e inconsciência, uma sensação de estrangulação ou, às vezes, de um voo extático tão intenso que o corpo literalmente se ergue no espaço. Estes efeitos, depois de meia-hora, são seguidos por um relaxamento completo de algumas horas num estado parecido com um desmaio, no qual todas as faculdades [mentais] desaparecem na união com Deus. Em seguida, o sujeito acorda aos prantos, o clímax da experiência mística, o que produz um transe. Tradições piedosas relatam que Teresa, como São Francisco de Assis, foi vista levitando durante a missa mais de uma vez.

Teresa é uma das mais importantes autoras sobre a oração mental e sua posição entre os autores da teologia mística é única. Em todas as suas obras sobre o tema, ela relata suas próprias experiências pessoais, que, ajudada por sua profunda perspicácia e capacidade analítica, explica de forma clara. Sua definição de "oração contemplativa" foi utilizada pelo Catecismo da Igreja Católica: "Oração contemplativa, na minha opinião, é nada mais que um compartilhamento íntimo entre amigos; significa dedicar tempo com frequência para estar sozinho com aquele que sabemos que nos ama" .

 

FONTE – WIKIPÉDIA – BIBLIOTECA LIVRE -  http://pt.wikipedia.org/wiki/Teresa_de_%C3%81vila

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O Patriarca - São José

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        “O grande Bispo e Doutor da Igreja Santo Agostinho compara os outros santos às estrelas, mas, a São José, ele o compara ao Sol.”
O Papa Pio IX declarou São José padroeiro da Igreja Universal com o decreto Quemadmodum Deus. Leão XIII, na Encíclica Quanquam Pluries, propunha-o como advogado dos lares cristãos. Pio XII o propôs como exemplo para todos os trabalhadores e fixou o dia 1 de maio como festa de ao José Trabalhador, que “enobreceu o trabalho humano, sustentado e animando pela convivência de Jesus e Maria” e exercendo sua arte com empenho e virtude admiráveis, tornou-se o mestre de trabalho de Cristo Senhor que não desdenhou ser chamado filho do carpinteiro.
A festa de São José Operário é a festa da consagração a Cristo do trabalho.
A santa missão de São José na história da salvação consistiu em dar a Jesus um nome, faze-lo descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas.
“Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21).
Sobre a figura e a missão de São José, o Papa João Paulo II dedicou à exortação apostólica Redemptoris Custos (o protetor do Redentor), publicada a 15 de agosto de 1989. Relembra o documento como os cristãos, desde os primeiros séculos, dedicaram a este santo uma particular devoção, pois “assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo Místico, a Igreja” (nº1).
O amado Papa João Paulo II acrescenta: “Hoje ainda temos motivos que perduram, para recomendar todos e cada um dos homens a São José (nº 31).
São José é o patriarca e cabeça da Sagrada Família de Nazaré.
O “SIM” DE SÃO JOSÉ DEVE SER EXEMPLO PARA NÓS
“Vi no céu os santos inclinarem a cabeça, quando pronunciavam o nome de São José”.
Santo Gertrudes (1256-1302)
Grande Místico da Saxônia
A cultura do mundo atual, mais do que nunca, demonstra apreço pelas histórias que constam as lutas, as emoções, as incertezas, as derrotas e os triunfos das pessoas. Com essa postura, ela procura exaltar os méritos ou não das pessoas, relativamente apenas aos valores do mundo, sem relacioná-los ao Senhor Deus. As Sagradas Escrituras, entretanto, fazem exatamente o contrário: elas mostram que a exaltação das pessoas, aos olhos de Deus, é que tem valor. O caso de São José é um exemplo: o Evangelho fala pouco de sua vida, mas o exalta como um dos que buscaram “a obediência da fé” (Rm 1,5). E essa é uma grande exaltação!
O Senhor diz: “Meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não são os meus” (Is 55,8-9); entretanto, Ele conhece as nossas lutas pessoais como ninguém (Sl 56,9; Dt 2,7), e nos dá a graça necessária para vivermos apenas pela fé (Rm, 5,1.2; Hb 10,38), não importando quão difíceis sejam as circunstâncias. E São José, um homem humilde, entendeu isso claramente: ao se defrontar com uma situação inusitada e desafiadora, sua fé foi de valor impar, pois ao receber a orientação do anjo, ele não titubeou, e fez o que “o Senhor lhe havia mandato” (Mt 1,24). É o homem vencendo, pela fé, suas barreiras. Unicamente pela fé! E é isso que agrada ao Senhor bom Deus!
São José, tal como a Virgem Maria, tinha uma missão importante a cumprir no plano da salvação de Deus, e o seu “Sim” fez com que ele viesse a ser pai nutrício de Jesus, o Filho amado de nosso Deus, o Todo Poderoso. O Senhor contou com ele, e não foi decepcionado. Uma história assim é que deve servir de exemplo, pois cada um de nós também tem uma missão a ser cumprida, dentro do plano da salvação de Deus. Para a cumprimos, tudo o que precisamos é considerar o “sofrimento da presente vida” (Rm 8,18; 2Cor 1,19) como nada, se comparados ao privilégio de podermos dizer “Sim” a Deus. Portanto, admire e siga o exemplo de São José, e responda “Sim” ao Senhor, com fé e amor obediente. “Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado” (Mt 1,24).
Por sua fé e obediência ao Senhor, São José, no meio da noite, tomou o Menino Jesus e Sua mãe, e partiram todos para o Egito, frustrando, desse modo, o plano de rei Herodes, de matar a Jesus (Mt 2,13-15).
São José: O Grande Mestre
A primeira mulher Doutora da Igreja, a ínclita reformadora do Carmelo e mística Santa Teresa de Ávila (1515-1582), disse de forma magistral: “Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o caminho”.
Esse pensamento é muito profundo para riqueza espiritual e morada celestial.
São José é o santo da espiritualidade do silêncio abissal. Ele entra mudo e sai calado na história da Sagrada Escritura. Ele é o servo que faz muito sem dizer nada. É o especial agente secreto de Deus.
São José nos ensina calar para o mundo e dialogar com Deus. Ele é insigne mestre da oração e da vida contemplativa. O patriarca da conduta místico familiar.
São José é o exemplo de homem piedoso para aqueles que desejam uma vida ardente de íntima comunhão com Deus.
Com São José, se aprende de forma especial a orar, silenciar e trabalhar para Deus e para o próximo.
São José é o modelo de servo temente ao Senhor Deus, de pai presente e atencioso, de esposo amoroso e fiel, homem sábio, cuja prudência exorta os insensatos e o seu silêncio doutrina os tagarelas e boçais.
Temos muito que aprender com o grande mestre e carpinteiro de Nazaré…
São José,  rogai por nós!
 
Fonte Pe. Inácio José do Vale, Osbm - Professor de História da Igreja - Pregador de Retiros Espirituais - Especialistas em Ciência Social da Religião - http://cleofas.com.br/o-patriarca-sao-jose/
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Nossa Senhora do Millagre - Nossa Senhora de Sião

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Nossa Senhora do Milagre - 20 de janeiro (Madonna del Miracolo) 

Em 1842, um judeu de 28 anos de idade, francês chamado Alphonse Ratisbonne estava visitando Roma. Ele era o filho caçula de uma família de banqueiros importante em Estrasburgo, uma estreita relação dos Rothschilds. Como sempre acontece com os judeus da Europa, uma família leva o nome de uma cidade. O Ratisbonne francês vem de Ratisbona, o nome latino para Regensburg, uma famosa cidade alemã perto de Munique. Alphonse era um judeu de raça e religião, virulentamente anti-católica, e libertino em seus costumes.

Alphonse Ratisbonne estava fazendo uma turnê pela Europa e Oriente antes de se casar, com seu primo Flore e assumir uma parceria no banco de seu tio. Terminando por coincidência, em Roma, em vez de Palermo como ele pretendia, ele foi bem recebido pelo círculo diplomática francesa que lá residem. Ele relutantemente fez uma chamada em Barão Teodoro de Bussières, um católico muito fervoroso. Mesmo que o judeu parecia bastante longe de qualquer conversão, o Barão, não se intimida com seu sarcasmo e blasfêmia, viu nele um futuro católico e encorajou suas visitas.

Alphonse Ratisbonne tornou-se sacerdote jesuíta, tomou o nome de Marie-Alphonse, e mais tarde co-fundou a Ordem de Sion para converter os judeus

A Medalha Milagrosa Ratisbonne estava usando quando Nossa Senhora apareceu-lhe Uma tarde, durante uma animada conversa em que Ratisbonne estava ridicularizando as superstições da religião católica, o Barão desafiou Ratisbonne se submeter a um teste simples e usar a Medalha Milagrosa. Surpreso, mas querendo provar a ineficácia de tais bugigangas religiosas, Ratisbonne consentiu e permitiu jovem filha do Barão de colocar a medalha no pescoço. Barão de Bussières também insistiu que Ratisbonne recitar o Memorare uma vez por dia. Ratisbonne prometido, dizendo: "Se não me faz bem, pelo menos ele vai me fazer mal."

O Barão e um círculo íntimo de amigos aristocráticos aumentou suas orações para o judeu cético. Dentre eles estava um católico devoto que estava gravemente doente, Laferronays Count, que ofereceu sua vida para a conversão do "jovem judeu." No mesmo dia ele entrou em uma igreja e rezou mais de 20 Memorares por esta intenção, ele sofreu um ataque cardíaco, recebeu os últimos sacramentos e morreu.

No dia seguinte, seu amigo Barão de Bussières estava em sua maneira de organizar o funeral do Conde, na Basílica de São Andrea delle Fratte quando conheceu Ratisbonne. Ele pediu-lhe para acompanhá-lo e esperar na igreja até que ele tinha arranjado alguns assuntos com o padre na sacristia.

Ratisbonne não acompanhou o amigo na sacristia.Ele vagou pela igreja admirando as belas mármores e várias obras de arte. Como ele estava diante de um altar lateral dedicada a São Miguel Arcanjo, Nossa Senhora apareceu de repente para ele. Era 20 de janeiro de 1842.

Em pé sobre o altar, Nossa Senhora apareceu usando uma coroa e uma longa túnica branca simples com um cinto de jóias em torno de sua cintura e azul-verde manto dobrado sobre o ombro esquerdo. Ela olhou para ele afavelmente; suas mãos estavam abertas raios espalhando de graças. Seu porte era muito real, não apenas por causa da coroa que ela estava usando. Em vez disso, sua altura e elegância deu a impressão de uma grande dama, totalmente consciente de sua própria dignidade. Ela transmitidos tanto grandeza e misericórdia em uma atmosfera de grande paz. Ela tinha algumas das características de Nossa Senhora das Graças. Alphonse Ratisbonne viu este número e entendeu que ele era antes de uma aparição da Mãe de Deus. Ele ajoelhou-se diante dela e convertido.

Retornando da sacristia, o Barão se surpreendeu ao ver o judeu orando fervorosamente de joelhos diante do altar de São Miguel Arcanjo. Ele ajudou o amigo a seus pés, e Ratisbonne imediatamente pediu para ir a um confessor para que ele pudesse receber o Batismo. Onze dias depois, em 31 de janeiro, ele recebeu batismo, confirmação e primeira comunhão das mãos do cardeal Patrizi, o Vigário do Papa.

Sua conversão teve enormes repercussões sobre toda a cristandade. O mundo católico inteiro tomou conhecimento dele e fiquei impressionado por ele. Depois, tornou-se Ratisbonne um padre jesuíta. Dez anos depois, ele e seu irmão Teodoro, que também havia se convertido do judaísmo, fundou uma congregação religiosa - a Congregação de Sion - virou-se para a conversão dos judeus.

O significado do milagre

Nossa Senhora do Milagre apareceu sobre um altar lateral, abaixo, na Igreja de Sant 'Andrea delle Fratte, em Roma

Pouco tempo depois da aparição, com base na descrição de pe. Ratisbonne, um quadro foi pintado, representando Nossa Senhora que lhe apareceu naquele dia, em Sant 'Andrea delle Fratte. Quando a imagem foi concluída, viu-o e disse que ele só vagamente mostrava a beleza da aparição tinha visto. Isso não é difícil de acreditar já que a beleza real de Nossa Senhora deve superam qualquer mera representação. A imagem foi colocada no lugar exato onde tinha aparecido para ele, e tornou-se conhecida como Madonna del Miracolo, Nossa Senhora do Milagre, referindo-se ao milagre duas vezes, sua aparição e a conversão instantânea de Alphonse Ratisbonne.

Obviamente, a aparição representou um grande benefício para a alma de Ratisbonne. Ele também representou um benefício para a Igreja Católica, com a fundação da Congregação de Sion, com a sua missão especial para trabalhar pela conversão dos judeus. Esta congregação expressa bem a posição da Igreja para com os judeus. Sua posição não é odiar os judeus, mas sim para defender-se contra os seus ataques. À medida que eles atacam a Igreja, ela se defende. Mas, acima de tudo, ela deseja a sua conversão, a erradicação do judaísmo como uma religião, e a entrada dos judeus na Igreja Católica, que é a verdadeira continuação da nação escolhida.

Mas, no contexto doutrinal e psicológica dessas vezes, o milagre Ratisbonne teve um significado mais profundo. No século 19, a Revolução foi fortemente promover Racionalismo, uma escola de pensamento que hoje se tornou obsoleto. Em seguida, a Revolução estava enfatizando este ponto: o homem racional, o homem que tenta determinar tudo de acordo com a razão, não pode encontrar os apoios necessários em razão de acreditar que Deus existe, que a Igreja Católica é a religião verdadeira, e que ela foi fundada por Jesus Cristo. Portanto, a Revolução de concluído, o edifício inteiro Católica de doutrinas não pode ser aceito pela razão humana.

Estas afirmações revolucionárias eram apenas mitos, como a mitologia romana ou lendas dos povos indígenas e Africano. A maioria dos argumentos racionalistas foram chicanices ou sofismas, com apenas um processo alguns dos argumentos capciosos. Mas, por causa da Revolução insistiu incansavelmente sobre estes aspectos e apresentou uma torrente de acusações, a doutrina católica, muitas pessoas de que o tempo perdido sua fé.

Para combater essa onda incessante de ataques contra a fé católica, Nossa Senhora apareceu e fez milagres em vários lugares.

O milagre da conversão Ratisbonne, que teve lugar em Roma abalou toda a cristandade. Naqueles tempos não havia este ecumenismo maldito que estamos testemunhando hoje. Então, a separação das religiões era muito mais profundo e, portanto, assim também foi o desfiladeiro que separa a verdade do erro, e bem do mal. Um judeu rico e influente, com absolutamente nenhuma razão para favorecer a Igreja Católica, de repente convertido porque ele viu Nossa Senhora. Ele deu prova de sua sinceridade, dando-se as suas posições no mundo e quebrar seu noivado vantajosa. Ele abraçou a vida religiosa e fundou uma congregação religiosa para converter outros judeus e combateu o judaísmo. É impossível imaginar uma prova mais objetiva da verdade da aparição. Este episódio teve um enorme impacto em toda a Itália e França, e depois todo o mundo católico.

Em Lourdes, Nossa Senhora apareceu e fez milagres para contrariar o racionalismo dos tempos.

Era evidentemente um milagre, um milagre que caiu do céu como uma gota de água sobre uma humanidade árida que estava sendo influenciada pelos mitos racionalistas da Revolução.

Divina Providência tinha feito algo muito semelhante já em 1830 com as aparições na Rue du Bac (Paris) a Santa Catarina Labouré. Há, entre outras coisas, Nossa Senhora deu ao mundo a Medalha Milagrosa, abrindo uma torrente de graças e milagres para a humanidade. Nossa Senhora também apareceu na gruta de Lourdes, em 1858, e logo depois houve relatos de muitos milagres de cura para aqueles que se banham em suas águas. Os milagres de Lourdes constituem a mais longa série de milagres que nunca para ocorrer na História da Igreja. Inserida nesta seqüência geral é a aparição de Madonna del Miracolo a Alphonse Ratisbonne.

Esta série de aparições e milagres foi o golpe Nossa Senhora escolheu para dar à revolução na época. Ela contra-atacou com uma estratégia hábil, muito bem calculado. Era sua maneira de esmagar a cabeça da serpente. O chefe do Judaísmo foi esmagado pelo testemunho público de um judeu importante que afirmou que a Igreja Católica é verdade.

Devemos, portanto, analisar os milagres Divina Providência dá, procurando a maior regra que governa. Milagres tornam-se mais freqüentes nas épocas quando eles são mais necessários. O milagre necessário hoje

Hoje chegamos a uma situação em que a ação do Diabo é cada vez mais evidente a cada dia que passa. Estou falando não só sobre UFOs e da revolução hippie. É claro, na minha opinião, de que esses fenômenos estão ligados a uma invasão sobrenatural.

Refiro-me também à morte de racionalidade na opinião pública. Que os homens efetivamente parou de usar sua razão - como fizeram nos anos 80 e 90 - e agiu apenas por impulsos temperamentais é algo que não pode ser explicado senão por uma ação especial do Diabo. Ele está fazendo um esforço enorme para manter a Revolução indo, não obstante a sua incapacidade de convencer a opinião pública. Já que não podemos explicar esta ação sobrenatural, também é difícil de combatê-lo de forma eficiente. Ela continua a crescer e está chegando como ápice um que me parece um milagre surpreendente é necessário.

Que tipo de milagre é que vai ser? Qual seria o milagre que poderia mover o homem contemporâneo a voltar para a fé católica? Os misteriosos desígnios de Deus estão além do conhecimento do homem. Mas isso não nos impede de especular com base no que Ele fez no passado.

O homem contemporâneo chegou a uma tal dureza de coração que ele não é mais tocado por milagres, como o que ocorreu com Ratisbonne, nem a série de milagres em Lourdes.

Na minha opinião dois milagres são necessários:

Primeiro, estamos a precisar de um milagre que mover os bons católicos a não ter medo de discordar com a opinião predominante do meio revolucionário em torno deles. Eles devem tornar-se indiferente a essa opinião. Além disso, eles devem tomar a ofensiva contra ele. Esta é a primeira parte do que é necessário. Foi o que aconteceu no dia de Pentecostes. Línguas de fogo apareceram sobre os apóstolos, e eles deixaram o Cenáculo com a coragem de enfrentar todos. Antes disso, eles foram covardes, mas com isso, eles se tornaram combatentes invencíveis.

Foi algo interior ou exterior que ocorreu lá? Eu não sei. Toda a cidade de Jerusalém, ouvindo um som enorme explosão que vinha do Cenáculo. Portanto, parece que não foi somente uma ação interior de suas almas, mas que foi precedido ou acompanhado por algum milagre exterior. O que realmente aconteceu lá nós não sabemos. Mas como hoje comemora a Madonna del Miracolo, devemos pedir a Nossa Senhora para nos dar um milagre semelhante para nos transformar os Apóstolos do Fim dos Tempos previsto por São Luís Grignon de Montfort.

Em segundo lugar, esta intervenção divina deve ser um castigo que iria punir o mundo por sua aceitação e concessões para a Revolução, e especialmente para o pecado cometido dentro da Igreja Católica. Para ser mais claro, para a aceitação do Progressismo dentro da Igreja, mesmo a seus mais altos cumes.

Refiro-me ao castigo Nossa Senhora previu em Fátima, em que muitas nações desaparecerão. O milagre do sol, que deixou sua órbita e correu em direção à terra parece prefigurar um castigo cósmico onde o equilíbrio muito do sol pode ser alterada em obediência a um comando de Nossa Senhora. Quais seriam as conseqüências em nosso sistema solar, se o sol realmente agitar e mudar seu curso por um curto período de tempo? Tal desequilíbrio cósmico pode produzir todos os tipos de catástrofes meteorológicas sobre a face da terra, destruindo inúmeras coisas e pessoas.

Mesmo depois disso, muitas das pessoas que sobreviveram a estas catástrofes que ainda precisa do milagre da conversão como o Ratisbonne um experimentado.

Ambos os pontos, perspectivas para milagres grandiosos necessárias para tornar os homens contemporâneos voltar para o caminho certo e tornar possível o Reino de Maria, como Nossa Senhora previu em Fátima.

A fim de ser preparado para tais milagres, eu aconselharia a oração do Memorare, a oração que Ratisbonne disse antes de sua conversão. Devemos orar, muitas vezes, pedindo a Madonna del Miracolo a dar-nos estes dois milagres e a vitória da Santa Igreja sobre a Revolução.

Prof Plinio Corrêa de Oliveira

O Santo do Dia apresenta destaques da vida de santos com base em observações feitas pelo falecido Prof Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer palestras semelhantes para os meninos de sua faculdade, cada noite era costume Prof Plinio de fazer um breve comentário sobre a vida do santo do dia seguinte, em uma reunião para a juventude, a fim de incentivá-los na prática da virtude e amor para a Igreja Católica. TIA pensou que seus leitores poderiam lucrar com estes comentários valiosos. Os textos de ambos os dados pessoais e os comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães 1964-1995. Dado o fato de que a fonte é um notebook pessoal, é possível que, por vezes, as notas biográficas transcritos aqui não vai seguir rigorosamente o texto original lido pelo Prof Plinio. Os comentários também foram adaptadas e traduzidas para o site da TIA.

 

FONTE - Prof. Plinio Corrêa de Oliveira - Leia mais - http://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_760120_madonnadelmiracolo.htm#.VMTZJ_7F_l9

http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com.br/2013/01/20-de-janeiro-1842-aparicao-de-nossa.html

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História da Aparição de Nossa Senhora em Guadalupe

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HISTÓRIA DA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM GUADALUPE

          Onde Aconteceu: No México em 1531

Nossa Senhora de Guadalupe é a protetora das Américas, das vocações, das famílias e dos nascituros.

Todos os escritos narrados sobre as quatro aparições de Nossa Senhora de Guadalupe são inspirados no Nican Mopohua, ou Huei Tlamahuitzoltica, escrito em Nahuatl, a linguagem Azteca, pelo índio erudito Antônio Valeriano em meados do século XVI.

O que se divulga é uma cópia publicada em Nahuatl por Luis Lasso de la Vega em 1649.

 

As Aparições:

Dez anos depois da tomada da Cidade do México, a guerra chegou ao fim e houve uma paz entre os povos. Desta maneira começou a brotar a fé, o conhecimento do Deus Verdadeiro, por quem nós vivemos. Neste tempo, no ano de mil quinhentos e trinta e um, nos primeiros dias do mês de dezembro, aconteceu que havia um pobre índio, chamado Juan Diego, inicialmente conhecido pelo nome nativo de Cuautitlan. No que diz respeito às coisas espirituais, ele pertencia ao Tlatilolco. 

Era sábado de madrugada, pouco antes do amanhecer, ele estava em seu caminho, a seguir seu culto divino e empenhado em sua tarefa. Ao chegar no topo da montanha conhecida como Tepeyacac, o dia amanhecia e ele ouviu cantos acima da montanha, assemelhando-se a cantos de vários lindos pássaros. De vez em quando, as vozes cessavam e parecia que o monte lhes respondia. O som, muito suave e deleitoso, sobre passava do "coyoltototl" e do "tzinizcan" e de outros pássaros lindos que cantam. Juan Diego parou, olhou e disse para si mesmo:“Porventura, sou digno do que ouço? Será um sonho? Estou dormindo em pé? Onde estou? Será que estou agora em um paraíso terrestre de que os mais velhos nos falam a respeito? Ou quem sabe estou no céu?”.

Ele estava olhando para o oriente, acima da montanha, de onde vinha o precioso canto celestial e então de repente houve um silêncio. Então, ouviu uma voz por cima da montanha dizendo:

“Juanito, Juan Dieguito.”

Ele com coragem foi onde o estavam chamando, não teve o mínimo de medo, pelo contrário, encorajou-se e subiu a montanha para ver. Quando alcançou o topo, viu uma Senhora, que estava parada e disse-lhe para se aproximar.

Em Sua presença, ele maravilhou-se pela Sua grandeza sobre humana. Seu vestido era radiante como o sol, o penhasco onde estavam Seus pés, penetrado com o brilho, assemelhava-se a uma pulseira de pedras preciosas e a terra cintilava como o arco-íris. As "mezquites", "nopales", e outras ervas daninhas que ali estavam, pareciam como esmeraldas, sua folhagem como turquesas e seus ramos e espinhos brilhavam como ouro.

Ele inclinou-se diante Dela e ouviu Sua palavra, suave e cortês, como alguém que encanta e cativa muito. Ela disse-lhe:

”Juanito, o mais humilde dos meus filhos, onde estás indo?“

Ele respondeu:

Minha Senhora e Menina, eu tenho que chegar à Sua igreja no México, Tlatilolco, para seguir as coisas divinas, que nos dão e ensinam nossos sacerdotes, delegados de Nosso Senhor”.

Ela então lhe disse: 

”Sabe e entende, tu é o mais humilde dos meus filhos. Eu sou a Sempre Virgem Maria, Mãe do Deus Vivo por quem nós vivemos, do Criador de todas as coisas, Senhor do céu e da terra. Eu desejo que um templo seja construído aqui, rapidamente; então, Eu poderei mostrar todo o meu amor, compaixão, socorro e proteção, porque Eu sou vossa piedosa Mãe e de todos os habitantes desta terra e de todos os outros que me amam, invocam e confiam em mim. Ouço todos os vossos lamentos e remédio todas as vossas misérias, aflições e dores. E para realizar o que a minha clemência pretende, vá ao palácio do Bispo do México e lhe diga que Eu manifesto o meu grande desejo, que aqui neste lugar seja construído um templo para mim. Tu dirás exatamente tudo que viste, admiraste e ouviste. Tem a certeza que ficarei muito agradecida e te recompensarei. Porque Eu te farei muito feliz e digno da minha recompensa, por causa do esforço e fadiga que terás para cumprir o que Eu te ordeno e confio. Observa, tu ouviste minha ordem, meu humilde filho, vai e coloca todo teu esforço.“

Neste ponto ele inclinou-se diante Dela e disse:

“Minha Senhora, Eu estou indo cumprir Tua ordem, agora me despeço de Ti, Teu humilde servo”.

Logo desceu para cumprir sua tarefa e foi em linha reta pela estrada, até a Cidade do México.

Tendo entrado na cidade, sem perder tempo, foi direto ao palácio do Bispo, que chegara recentemente e se chamava Frei Juan de Zumarraga, um religioso Franciscano. Ao chegar, procurou vê-lo, pediu ao criado para anunciá-lo. Esperou muito tempo. Quando entrou, se ajoelhou e disse ao Bispo a mensagem da Nossa Senhora do Céu, bem como tudo que havia visto, escutado e admirado. Mas após ouvir toa a conversa, o Bispo incrédulo disse-lhe:

“Volte depois, meu filho e eu lhe ouvirei com muito prazer. Eu examinarei tudo e pensarei no motivo pelo qual você veio”.

Juan Diego saiu triste, porque sua mensagem não se realizou de forma alguma.

Retornou no mesmo dia. Foi diretamente ao topo da montanha, encontrou-se com a Senhora do Céu, que o esperava no mesmo lugar, onde tinha aparecido. Vendo-A, prostrou-se diante Dela e disse:

 “Senhora, a Caçulinha de minhas filhas, minha Menina, eu fui onde me mandaste para levar Tua mensagem, como me havias instruído. Ele recebeu-me benevolentemente e ouviu-me atentamente, mas quando respondeu, pareceu-me não acreditar. Ele disse: "Volte depois, meu filho e eu o ouvirei com muito prazer. Examinarei o desejo que você trouxe, da parte da Senhora".

Entendo pelo seu modo de falar, que não acredita em mim e que seja invenção da minha parte, o Teu desejo de construção de um templo neste lugar para Ti. E que isso não é Tua ordem. Por isso eu, encarecidamente Te peço, Senhora e minha Criança, que instrua a alguém mais importante, bem conhecido, respeitado e estimado para que acreditem. Porque eu não sou ninguém, sou um barbantinho, uma escadinha de mão, o fim da cauda, uma folha.

E Tu, minha Criança, a minha filhinha caçula, minha Senhora, envias-me a um lugar onde eu nunca estive! Por favor, perdoa o grande pesar e aborrecimento causado, minha Senhora e meu Tudo.” 

A Virgem Santíssima respondeu:

”Escuta, meu filho caçula, deves entender que eu tenho vários servos e mensageiros, aos quais Eu posso encarregar de levar a mensagem e executarem o meu desejo, mas eu quero que tu mesmo o faças. Eu fervorosamente imploro, meu caçula, e com severidade Eu ordeno que voltes novamente amanhã ao Bispo. Tu vais em meu Nome e faze saber meu desejo: que ele inicie a construção do templo como Eu pedi. E novamente dize que Eu, pessoalmente, a Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus Vivo, te ordenei.“

Juan Diego respondeu:

“Senhora, minha Criança, não deixes que eu Te cause aflição. Alegremente e de bom grado eu irei cumprir Tua ordem. De nenhuma maneira irei falhar e não será penoso o caminho. Irei realizar Teu desejo, mas acho que não serei ouvido, ou se for, não acreditarão. Amanhã ao entardecer, trarei o resultado da Tua mensagem com a resposta do Bispo. Descansa neste meio tempo”.

Ele, então, foi para sua casa.

No dia seguinte, domingo, antes do amanhecer, ele deixou sua casa e foi direto ao Tlatilolco, para ser instruído em coisas divinas, e em seguida estar presente a tempo para ver o Bispo. Por volta das 10 horas, estando em cima da hora, após participar da Missa e o povo ter dispersado, ele apressadamente se foi.

Pontualmente, Juan Diego foi ao palácio do Bispo. Mal chegou, ansioso já estava para tentar vê-lo. E novamente com muita dificuldade, o Bispo estava à sua frente.

Ajoelhou-se diante de seus pés, entristecidamente e chorando, expôs a ordem de Nossa Senhora do Céu, e que por Deus, acreditasse em sua mensagem, de que o desejo da Imaculada de erguer um templo onde Ela queria, fosse realizado.

O Bispo para assegurar-se, fez várias perguntas, onde ele A tinha visto e como Ela era. E ele descreveu perfeitamente em detalhes ao Bispo. Apesar da precisa descrição de Sua imagem, e tudo que ele tinha visto e admirado, que em tudo refletia ser a Sempre Virgem Santíssima Mãe do Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Bispo não deu crédito e disse que somente pela sua súplica, não atenderia o seu pedido, que aliás, um sinal era necessário; só então acreditaria, ser ele enviado pela verdadeira Senhora do Céu.

Após ouvir o Bispo, disse Juan Diego:

“Meu senhor, escuta! Qual deve ser o sinal que o senhor quer? Para eu pedir a Senhora do Céu que me enviou aqui”.

O Bispo, vendo que ele ratificava tudo sem duvidar, nem retratar nada, o despediu. Imediatamente, ordenou algumas pessoas de sua casa, e de inteira confiança, para segui-lo e olhar onde ele ia, a quem ele via e falava. E assim foi feito.

Juan Diego veio direto pela estrada. Aqueles que o seguiam, após cruzarem o barranco perto da ponte do Tepeyacac, perderam-no de vista. Eles procuraram por todos os lugares, mas não puderam mais vê-lo. Retornaram com muita raiva, não somente porque estavam aborrecidos, mas também por ficarem impedidos do objetivo. E o que eles informaram ao Bispo, o influenciou a não acreditar em Juan Diego. Eles lhe disseram que foi enganado.

Juan Diego apenas forjou o que veio dizer, e a sua mensagem e pedido não passava simplesmente de um sonho. Eles então arquitetaram um plano, que se ele de alguma forma voltasse, eles o prenderiam e o puniriam com severidade e de tal forma que ele jamais mentiria ou enganaria novamente.

Entretanto, Juan Diego estava com a Virgem Santíssima, contando-lhe a resposta que trazia do senhor Bispo. A Senhora, após ouvir, disse-lhe:

”Muito bem, meu querido filhinho, retornarás aqui amanhã, então levarás ao Bispo o sinal por ele pedido. Com isso ele irá acreditar em ti, e a este respeito, ele não mais duvidará nem desconfiará de ti, e sabe, meu querido filhinho, Eu te recompensarei pelo teu cuidado, esforço e fadiga gastos em Meu favor. Vai agora. Espero por ti aqui amanhã.”

No outro dia, segunda-feira, quando Juan Diego teria que levar um sinal pelo qual então acreditariam, ele não pôde ir porque, ao chegar em casa, seu tio chamado Juan Bernardino, estava doente e em estado grave.

Primeiro foi chamar um médico que o auxiliou, mas era tarde, e o estado de seu tio era muito grave. Por toda a noite seu tio pediu que, ao amanhecer, ele fosse ao Tlatilolco e chamasse um sacerdote, para prepará-lo e ouvi-lo em confissão, porque certamente sua hora havia chegado, pois não mais levantaria ou melhoraria de sua enfermidade.

Na terça-feira, antes do amanhecer, Juan Diego ia de sua casa ao Tlatilolco para chamar o sacerdote, e ao aproximar-se da estrada que liga a ladeira ao topo do Tepeyacac, em direção ao oeste onde estava acostumado a passar, disse:

“Se eu seguir adiante, a Senhora estará esperando-me, e eu terei que parar e levar o sinal ao Bispo, como pressuponho. A primeira coisa que devemos fazer apressadamente, é chamar o sacerdote, porque meu pobre tio certamente o espera.

”Então, contornou a montanha, deu várias voltas, de forma que não poderia ser visto por Ela, que pode ver todos os lugares. Mas, ele A viu descer do topo da montanha e estava olhando na direção onde eles anteriormente se encontraram.Ela aproximou-se dele pelo outro lado da montanha e disse:

”O que há, meu caçula? Onde você esta indo?”

Ele estava afligido, envergonhado, ou assustado? Ele inclinou-se diante dela e A saudou dizendo:

“Minha Criança, a mais meiga de minhas filhas, senhora, Deus permita que estejas contente. Como estás nesta manhã? Estás bem de saúde? Senhora e minha Criança. Vou te causar um pesar. Sabe, minha Criança, um de Teus servos está muito doente, meu tio. Ele contraiu uma peste, e está perto de morrer. Eu estou indo depressa à Tua casa no México para chamar um de Teus sacerdotes, querido pelo Nosso Senhor, para ouvir sua confissão e absolvê-lo, porque desde que nós nascemos, aguardamos o trabalho de nossa morte. De forma que, se eu for, retornarei aqui brevemente, então levarei Tua mensagem. Senhora e minha Criança perdoa-me, sê paciente comigo. Eu não Te enganarei, minha Caçula. Amanhã eu voltarei o mais rápido possível.”

Depois de ouvir toda a conversa de Juan Diego, a Santíssima Virgem respondeu: 

”Escuta-Me e entende bem, meu caçula, nada deve te amedrontar ou te afligir. Não deixes teu coração perturbado. Não temas esta ou qualquer outra enfermidade, ou angústia. Eu não estou aqui? Quem é tua Mãe? Não estás debaixo de minha proteção? Eu não sou tua saúde? Não estás feliz com o meu abraço? O que mais podes querer? Não temas nem te perturbes com qualquer outra coisa. Não te aflijas por esta enfermidade de teu tio, por causa disso, ele não morrerá agora. Tem a certeza de que ele já está curado.“

 (E então, seu tio foi curado, como mais tarde se soube.)  

 

 

   A imagem de Guadalupe

         Quando Juan Diego ouviu estas palavras da Senhora do Céu, ele ficou enormemente consolado. Estava feliz. Prometeu que, quanto antes, estaria na presença do Bispo, para levar o sinal ou prova, a fim de que cresse. A Senhora do Céu ordenou que subisse ao topo da montanha, onde eles anteriormente haviam se encontrado. Ela lhe disse:

”Sobe, meu caçula, ao topo da montanha; lá onde Me viste e te dei a ordem, encontrarás diferentes flores. Corta-as, junta-as, então volta aqui e traze-as em minha presença.»

Imediatamente Juan Diego subiu a montanha, e quando atingiu o topo, ele espantou-se pela variedade de esquisitas rosas de Castilha que haviam brotado bem antes do tempo, porque, estando fora da época, deveriam estar congeladas. Elas estavam muito fragrantes e cobertas com o orvalho da noite, assemelhando-se a pérolas preciosas.

Imediatamente ele começou a cortá-las. Recolheu todas e colocou-as em seu tilma. O topo da montanha era um lugar impossível de nascer qualquer tipo de flor, porque havia vários penhascos, cardos, espinhos e ervas daninhas.

Ocasionalmente as ervas cresceriam, mas era mês de dezembro, na qual toda vegetação é destruída pelo frio. Ele voltou imediatamente e entregou as diferentes rosas que havia cortado para a Senhora do Céu, que ao vê-las, tocou-as com suas mãos e de novo colocou-as de volta no tilma, dizendo:

”Meu caçula, esta variedade de rosas é a prova e sinal que levarás ao Bispo. Tu irás dizer em meu nome que nelas ele verá o meu desejo e que deverá realizá-lo. Tu és meu embaixador, muito digno de confiança. Rigorosamente eu ordeno que apenas diante da presença do Bispo desenroles o manto e descubras o que estás carregando. Tu contarás tudo direito. Que Eu te ordenei a subir ao topo da montanha, e cortar estas flores, e tudo que viste e admiraste, então, tu podes induzir ao Bispo dar a sua ajuda, com o objetivo de que um templo seja construído e erguido como Eu tenho pedido.“

Depois que a Senhora do Céu deu seu aviso, ele se pôs a caminho pela estrada que dava diretamente ao México. Estava feliz e seguro de seu sucesso, carregando com grande carinho e cuidado o que continha dentro de seu tilma. De tal forma que nada poderia escapar de suas mãos, a não ser a maravilhosa fragrância das variadas e belas flores.

No palácio do Bispo, os serventes tentaram ver o que Juan Diego carregava. Com cuidado, ele descobriu o manto que escondia e eles puderam ver algumas flores; ao verem que eram rosas fora de época, ficaram impressionados, ainda mais por verem-nas frescas, tão fragrantes e belas. Estenderam a mão para as rosas, mas, ao tentar pegá-las, elas pareciam pintadas ou estampadas ou costuradas no tecido. Ao relatarem esse fato ao Bispo, ele compreendeu que Juan Diego carregava a prova desejada.

Ao ser admitido na presença do Bispo, Juan Diego contou o que havia visto e feito, renovando a mensagem de Nossa Senhora que pedia a construção de uma igreja no monte das aparições. Então, desdobrou seu manto, onde estavam as rosas; quando elas caíram ao chão, apareceu subitamente o desenho da preciosa imagem de Nossa Senhora, como ela é vista até hoje no templo de Tepeyacac, chamada Nossa Senhora de Guadalupe.

 

 

Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe - México.

           

         A figura no manto é cheia de sinais, entre palavras, imagens e símbolos. Aqui destacamos apenas alguns:

Ø  Nossa Senhora está diante de uma Luz Brilhante: os índios veneravam o deus sol. Ela está vestida de sol, o que mostra que Seu Deus é mais poderoso.

Ø  Manto Azul: azul era sinal de realeza, virgindade e a cor que as deusas vestiam. As estrelas no manto estão como no céu da noite de 12 de dezembro de 1531. Os índios viviam sob as estrelas e aqui Ela as veste, mostrando que Seu Deus é mais poderoso que as estrelas.

Ø  Cabeça curvada: na cultura indígena, os deuses e deusas olhavam diretamente nos olhos para mostrar seu poder e eram representados com olhos grandes. Maria, com Sua cabeça abaixada, mostra que não é um deus ou uma deusa, mas que há um poder maior acima dela.

Ø  Lua: os índios veneravam Quetzalcoatl (serpente de pedra), representado por uma lua encrespada. Os pés de Maria estão firmemente apoiados sobre a lua, simbolizando que Ela está esmagando o deus deles.

Ø  Coração nas costas da mão: o Coração Imaculado de Maria, como representamos, com chamas. Somente nas aparições de Guadalupe e Fátima esse sinal apareceu, o que mostra que são eventos relacionados.

Ø  Chave entre as mãos postas: a oração é a chave para o Céu

Outros sinais representam: o Espírito Santo; Abraão; os Reis Davi e Salomão; o profeta Daniel; a maternidade de Maria; Maria, Mãe de Deus; Natividade de Jesus; apresentação do Menino Jesus no Templo; a Última Ceia; um rosto de duas caras: Judas e o demônio; agonia de Jesus no Horto; flagelação de Jesus; a Cruz; a Sagrada Face.

 

Porque "Guadalupe”?

A origem do nome Guadalupe (um nome espanhol) nas aparições do México sempre foi motivo de controvérsias, e muitas possíveis explicações têm sido dadas.

A razão mais provável é que o nome seja a passagem, do nahuatl para o espanhol, das palavras usadas pela Virgem durante Sua aparição a Juan Bernardino, o tio enfermo de Juan Diego.

Acredita-se que Nossa Senhora tenha usado a palavra Azteca Nahuatl coatlaxopeuh - que é pronunciado "quatlasupe" e soa extremamente parecido com a palavra em espanhol Guadalupe. Coa siginifica "serpente"; tla, o artigo "a"; xopeuh significa "esmagar". Assim, Nossa Senhora deve ter chamado a si mesma como "Aquela que esmaga a serpente" - também numa referência ao deus Quetzalcoatl, ou serpente de pedra, ao qual os Aztecas costumavam oferecer sacrifícios humanos.

Em 1487, devido a dedicação de um novo templo em tenochtilan, cerca de 80.000 cativos foram imolados em sacrifícios em uma só cerimônia que durou quatro dias.

Certamente, neste caso Nossa Senhora esmagou a serpente, e milhões de nativos foram convertidos ao Cristianismo.

 

Análises da imagem de Guadalupe

Em primeiro lugar, chamou a atenção dos peritos a singular conservação do rude tecido da tilma (avental) de Juan Diego. Durante séculos, esteve exposto, sem maiores cuidados, aos rigores do calor, da poeira e da umidade, e mesmo assim sua tessitura não se desfibrou, nem tampouco se lhe desvaneceu a admirável policromia.

A matéria sobre a qual a imagem foi estampada é tecido confeccionado com fibra de ayate, da espécie mexicana agave potule zacc, que se decompõe por putrefação aos 20 anos, aproximadamente. Em contraposição, o avental de Juan Diego já dura 450 anos sem se rasgar nem se decompor e, por motivos inexplicáveis, é imune à umidade e à poeira.

Atribuiu-se essa virtude ao tipo de pintura que cobre o pano, a qual poderia atuar como matéria protetora. Em consequência, foi enviada uma amostra para ser analisada pelo cientista alemão e Prêmio Nobel de Química Richard Kuhn, cuja resposta deixou perplexos os consultantes. Os corantes da imagem não pertencem nem ao reino vegetal, nem mineral nem ao animal, afirmou o pesquisador.

Pensou-se, então, que a tela estivesse tratada por um procedimento especial. Mas de que consistência seria essa preparação da tela para que a pintura pudesse aderir e se conservar incólume sobre matéria tão frágil e perecível como é o ayate?

Mais: confiaram a dois estudiosos norte-americanos — o doutor Calagan, da NASA, e o professor Jody B. Smith, catedrático de Filosofia da Ciência no Pensacolla College — a tarefa de submeter a imagem à análise fotográfica com raios infravermelhos.

As suas conclusões foram as seguintes:

. o ayate — tela rala de fio de magüey — não possui preparação alguma, o que torna inexplicável, à luz dos conhecimentos humanos, que os corantes impregnem fibra tão inadequada e nela se conservem.

. não há esboços prévios, como os descobertos pelo mesmo processo nos quadros de Velázquez, Rubens, El Greco e Ticiano. A imagem foi pintada diretamente, tal qual a vemos, sem esboços nem retificações.

3ª. não há pinceladas. A técnica empregada é desconhecida na história da pintura. É inusitada, incompreensível e irrepetível.

 

         Os Mistérios nos olhos de Maria

         Em 1929, Alfonso Marcue, fotógrafo oficial da antiga Basílica de Guadalupe na Cidade do México, teve a impressão de ver a imagem de um homem de barba refletido no olho direito da Virgem. Depois de várias análises de sua fotografia em preto e branco, ele não tinha dúvidas e decidiu informar as autoridades da Basílica. Ele foi orientado para manter completo silêncio a respeito do descobrimento. Mais de 20 anos depois, em 29 de maio de 1951, José Carlos Salinas-Chavez examinou uma boa fotografia da face e redescobriu a imagem que parece claramente ser um homem de barba refletido no olho direito da Virgem, localizando-o também no olho esquerdo.

O primeiro relatório dos olhos da imagem, emitido por um médico, certifica a presença de uma tripla reflexão (efeito Samson-Purkinje), característica de todo olho humano vivo; o resultado diz que as imagens estão localizadas exatamente onde elas deveriam estar de acordo com tal efeito, e também que a distorção das imagens combina com a curvatura da córnea. No mesmo ano, outro oftamologista examinou os olhos da imagem com um oftamoscópio em grande detalhe. Ele observou a aparente figura humana nas córneas nos dois olhos, com a localização e distorção de um olho humano normal e, especialmente, notou uma singular aparência dos olhos: eles parecem estranhamente vivos quando examinados.

O oftalmologista Torija Lauvoignet examinou com um oftalmoscópio de alta potência a pupila da imagem e observou, maravilhado, que na íris se via refletida uma mínima figura que parecia o busto de um homem. E este foi o antecedente imediato para promover a investigação mais profunda, ou seja, a "digitalização" dos olhos da Virgem de Guadalupe, que pode ser assim descrita:

Sabemos que na córnea do olho humano se reflete o que a pessoa está vendo no momento. O doutor Aste Tonsmann fez fotografar (sem que ele estivesse presente) os olhos de uma filha sua e, utilizando o procedimento denominado "processo de digitalizar imagens", pôde, sem mais, averiguar tudo quanto via sua filha no momento de ser fotografada.

Este mesmo cientista, cuja profissão era a de captar as imagens da Terra transmitidas do espaço pelos satélites artificiais, "digitalizou", no ano de 1980, a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, e os resultados foram surpreendentes. Tal procedimento consiste em dividir a imagem em quadrículas microscópicas, até o ponto de, numa superfície de um milímetro quadrado, caberem 27.778 ínfimos, mínimos quadrinhos. Uma vez feito isso, cada miniquadrícula pode ser ampliada, multiplicando-se por dois mil, o que permite a observação de pormenores impossíveis de serem captados a olho nu.

Ora, os pormenores que se observaram na íris da imagem são:

Um índio no ato de desdobrar sua tilma perante um franciscano; o próprio franciscano, em cujo rosto se vê escorrer uma lágrima; uma pessoa muito jovem, tendo a mão sobre a barba com ar de consternação.

Um índio com o torso desnudo, em atitude quase orante.

Uma mulher de cabelo crespo, provavelmente uma negra, serviçal do bispo.

Um varão, uma mulher e umas crianças com a cabeça meio raspada.

E mais outros religiosos vestidos com hábito franciscano. Isto é... o mesmo episódio relatado em náhualt por um anônimo escrito indígena na primeira metade do século XVI e editado em náhualt e em espanhol por Lasso de La Veja em 1649.

Foram feitos também estudos iconográficos para comparar estas figuras com os retratos conhecidos do arcebispo Zumárraga e de pessoas do seu tempo ou do lugar. O que é radicalmente impossível, é que num espaço tão pequeno como a córnea de um olho, situada numa imagem de tamanho aproximado ao natural, um miniaturista tenha podido pintar aquilo que foi necessário ampliar duas mil vezes para que pudesse ser percebido.

Todo fiel católico sabe que a Igreja não impõe à fé dos cristãos alguma revelação particular, mas deixa a critério de cada um aceitar ou não as respectivas narrações. Ora as que se referem a Nossa Senhora de Guadalupe têm forte cunho de verosíssima semelhança, dados os estudos científicos que acabamos de mencionar.

Deus seja louvado pelos sinais que Se digna de dar aos homens, para manifestar a Sua presença e providência no mundo conturbado em que vivemos!

  

Uma família na pupila dos olhos de Maria

 

Talvez um dos aspectos mais fascinantes é que Nossa Senhora não só nos deixou sua imagem impressa como prova de sua aparição, mas também mensagens que permaneceram escondidas em seus olhos para serem reveladas quando a tecnologia permitisse descobri-las — e em um tempo em que fossem mais necessárias.

Este seria o caso da imagem de uma família, presente no centro dos olhos da Virgem, justamente quando a Família se encontra precisamente diante de sérios ataques, em nossos dias.

A imagem de várias figuras humanas que parecem constituir uma família (incluindo várias crianças e um bebê levado nas costas por sua mãe, como se costumava no século XVI), aparecem no centro da pupila da Virgem, como centro de sua visão.

            

            As Lágrimas de Maria

         A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Guadalupe verteu lágrimas de óleo em 1994. 

 

            A Protetora dos Nascituros.

         Durante sua guerra contra a vida humana, a antiga serpente nunca se satisfez com o extermínio causado pelas contínuas guerras e violências promovidas por ela neste mundo. Ela sempre pediu rituais de morte, vidas humanas inocentes sacrificadas a seus disfarces ao longo da história.

 

Lemos no Livro do Levítico como o Senhor diz a Moisés sobre o sério crime e a extrema punição de se oferecer os filhos a Moloc, referindo-se ao costume cananeu de sacrificar crianças ao deus Moloc. As pequenas vítimas eram primeiro mortas [decapitadas] e então cremadas (Veja Levítico 20,1-5 e 18,21).

 

Nas Américas, há cinco séculos atrás, os rituais mais cruéis de sacrifício humano, registrados pela história, eram feitos pelo império Azteca. Entre 20.000 e 50.000 eram sacrificados por ano. Os rituais incluíam o canibalismo dos órgãos das vítimas. A maioria eram cativos ou escravos,e além de homens eles incluíam mulheres e crianças. O antigo historiador mexicano Ixtlilxochitl fez uma estimativa de que uma de cada cinco crianças no México era sacrificada.

O clímax destes rituais de morte foi em 1487 para a dedicação do novo templo de Huitzilopochtli, ricamente decorado com serpentes, em Tenochtitlan (hoje Cidade do México), quando em uma única cerimônia, que durou quatro dias e quatro noites, com o constante soar de gigantescos tambores de pele de cobra, o soberano e adorador do demônio Azteca, Tlacaellel, presidiu o sacrifício de mais de 80.000 homens.

 

Nossa Senhora de Guadalupe esmagou esta serpente em 1531.

Hoje, a antiga Serpente certamente conseguiu outra obra-prima de seus rituais de sangue contra a vida humana. Milhões de crianças não nascidas são mortas todos os anos ao redor do mundo, em procedimentos que em alguns países são não apenas legais mas também oficialmente apoiadas e financiadas por seus governos.

Em muitos casos, os procedimentos seguem as mesmas regras dos sacrifícios ao deus Moloc: a morte e cremação das criancinhas.

A Mulher vestida de sol, na imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, Protetora dos Nascituros, esmagará esta serpente mais uma vez.

 

Novena e orações.

 

Novena em Honra a

Nossa Senhora de Guadalupe.

         

Orações para todos os dias

Posto de joelhos diante de Maria Santíssima, fazer a sinal da Cruz - Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; Amém! - e dizer o ato de contrição.

 

Ato de contrição:

Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, criador e Redentor meu, por ser vós quem sois, e porque vos amo sobre todas as coisas, me pesa de todo coração vos haver ofendido. Proponho emendar-me e confessar-me a seu tempo e ofereço tudo quanto fizer em satisfação de meus pecados, e confio em vossa bondade e misericórdia infinita, que me perdoeis e me dês graça para nunca mais pecar. Assim o espero por intercessão de minha mãe, nossa Senhora Virgem de Guadalupe. Amém.

 

Fazer aqui o pedido que se deseja...

 

Oração inicial para todos os dias.

Rezar quatro Salve Rainhas em memória das quatro aparições e logo se reza a oração correspondente a cada dia.

 

Primeiro Dia

Oh! Santíssima Senhora de Guadalupe!

Essa coroa com que cinges vossa sagrada fronte publica que sois Rainha do Céu e Universo. Senhora pois como Filha, como Mãe e como Esposa do altíssimo tens absoluto poder e justíssimo direito sobre todas as criaturas.

Sendo isto assim, eu também sou vosso; também pertenço a Vós por mil títulos; mas não me contento com ser vosso por tão alta jurisdição que tens sobre todos; quero ser vosso por outro título, isto é, por eleição de minha vontade quero ser vosso escravo.

Vede que, aqui prostrado diante do trono de vossa Majestade, vos elejo por minha Rainha e minha Senhora e com este motivo quero dobrar o Senhorio e domínio que tens sobre mim; quero depender de Vós e quero que os desígnios que tem de mim a Providência divina, passem por vossas mãos. Dispõe de mim como vos agrade; os sucessos e lances de minha vida quero que tudo corram por vossa conta.

Confio de vossa benignidade, que tudo o que se endereçaram ao bem de minha alma seja para a honra e glória daquele Senhor que tanto se compadece em todo o mundo. Amém.

Terminar com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória...

 

Segundo Dia

Oh! Santíssima Virgem de Guadalupe!

Que bem se conhece que sois Advogada nossa no tribunal de Deus, pois essas lindíssimas mãos que jamais deixam de nos beneficiar, as juntas ante o peito em sinal de quem suplica e rogai, dai-nos com isto a ver que desde o trono de glória como Rainha de anjos e homens fazes também oficio de advogada, rogando e procurando a favor nosso.

Com que afetos de reconhecimento e gratidão poderei pagar tanta fineza?, Sendo que não há em todo meu coração suficiente saldo para pagá-lo.

A Vós recorro para que me enriqueças com os dons preciosos de uma caridade ardente e fervorosa, de uma humildade profunda e de uma obediência pronta ao Senhor.

Esforçai vossas súplicas, multiplicai vossos rogos, e não cesses de pedir ao Todo-poderoso que me faça vosso e me conceda ir a dar-vos as graças pelo feliz êxito de vossa intermediação na glória. Amém.

Terminar com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória...

 

Terceiro Dia

Oh! Santíssima Virgem Maria de Guadalupe!

O que posso crer ao ver-vos cercada dos raios do sol, senão que estás intimamente unida ao Sol da Divindade, que não há em vossa alma nenhuma coisa que não seja luz, que não seja graça e que não seja santidade! O que posso crer senão que estás unida às divinas perfeições e atributos, e que Deus vos tem sempre em seu coração! Seja para nosso bem, Senhora tão alta felicidade.

Eu, entre tanto, arrebatado de alegria que isto me causa, me apresento diante do trono de vossa soberania, suplicando que vos dignes enviar um de vossos ardentes raios até meu coração: ilumina com sua luz meu entendimento;

Acende com sua luz minha vontade; fazei que acabe eu de persuadir me de que vivo enganado todo o tempo em que não me empenho em amar a Vós e em amar a meu Deus:

Fazei que acabe de persuadir me de que me engano miseravelmente quando amo alguma coisa que não seja meu Deus e quando não vos amo a Vós por Deus. Amém.

Terminar com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória...

 

Quarto Dia

Oh! Santíssima Maria de Guadalupe!

Se um anjo do céu tem por honra tão grande estar a vossos pés e que em prova de sua alegria abre os braços e estende as asas para formar com elas um tapete a vossa Majestade, que deverei eu fazer para manifestar minha veneração a vossa pessoa, não seja com a cabeça, nem com os braços, senão meu coração e minha alma para que a santificando com vossos divinos pés se faça trono digno de vossa soberania?

Dignai, Senhora de admitir este obsequio; não o desprezeis por indigno a vossa soberania, pois o mérito que lhe falta por minha miséria e pobreza o recompenso com a boa vontade e desejo. Entrai em meu coração e verás que não o movem outras asas senão as do desejo de ser vosso e o temor de ofender a vosso Filho diviníssimo.

Forma trono em meu coração, e já não se envilecerá dando-lhe entrada a culpa e fazendo-se escravo do demônio. Fazei que não viva senão para Jesus e Maria. Amém.

Terminar com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória...

 

Quinto Dia

Oh! Santíssima Virgem Maria de Guadalupe!

Que outro vestido corresponderia a quem é um céu por sua beleza, senão um todo cheio de estrelas? Com que podia se adornar uma beleza toda celestial, senão com os brilhos de umas virtudes tão lúcidas e tão resplandecentes como as vossas?

Bendita mil vezes a mão daquele Deus que quis unir em vossa beleza tão imensa uma pureza tão realçada, e honra tão brilhante e rica com uma humildade tão apreciável.

Eu caio, Senhora absorto de beleza tão amável, e quisera que meus olhos se fixassem sempre em Vós para que meu coração não se deixasse arrastar em outro afeto que não seja o amor vosso.

Não poderei conseguir este desejo se esses resplandecentes astros com que estás adornada não infundirem uma ardente e fervorosa caridade, para que ame de todo coração e com todas as minhas forças a meu Deus, e depois de meu Deus a Vós, como objeto digno de que o amemos todos. Amém.

Terminar com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória...

 

Sexto Dia

Oh! Santíssima Virgem Maria de Guadalupe!

Que bem serve a vossa soberania esse tapete que a lua forma a vossos sagrados pés! Brilhaste com invicta rainha sob as vaidades do mundo, e sendo superior a toda a criação jamais padeceste o minguante da mais ligeira imperfeição:

Antes de vosso primeiro instante estiveste cheia de graça. Miserável de mim, Senhora que não sabendo me manter nos propósitos que faço, não tenho estabilidade na virtude e somente sou constante em meus viciosos costumes.

Tende piedade de mim, Mãe amorosa e terna; já que sou como a lua em minha inconstância, seja como a lua que está a vossos pés, isto é, firme sempre em vossa devoção e amor, para não padecer os minguantes da culpa.

Fazei que esteja eu sempre a vossos pés pelo amor e a devoção, e já não temerei os minguantes do pecado mas sim procurarei dar me por completo a minhas obrigações, detestando de coração tudo o que é ofensa a meu Deus. Amém.

Terminar com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória...

 

Sétimo Dia

Oh! Santíssima Virgem Maria de Guadalupe!

Nada, nada vejo neste lindíssimo retrato que não me leve a conhecer as altas perfeições de que dotou o Senhor a vossa alma inocentíssima. Esse lenço grosseiro e desprezado; esse pobre mas feliz traje em que se vê estampada vossa singular beleza, dão claro a conhecer a profundíssima humildade que lhe serviu de alicerce e fundamento a vossa assombrosa santidade.

Não vos desdenhaste de tomar a pobre túnica de João Diego, para que nela estampasse vosso rosto, que é encanto dos anjos, maravilha dos homens e admiração de todo o universo.

Pois, como não tenho de esperar eu de vossa benignidade, que a miséria e pobreza de minha alma não sejam embaraço para que estampes nela vossa imagem graciosíssima?

Eu vos ofereço as telas de meu coração. Tomai-o, Senhora em vossas mãos e não o deixeis jamais, pois meu desejo é que não se empenhe em outra coisa que em amar a vós e amar a Deus. Amém.

Terminar com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória...

 

Oitavo Dia

Oh! Santíssima Virgem de Guadalupe!

Quão Mistériosa e que acertada esteve a mão do Artífice Supremo, bordando vosso vestido com essa orla de ouro finíssimo que lhe serve de guarnição. Aludia sem dúvida a aquele finíssimo ouro da caridade e amor de Deus com que foram enriquecidas vossas ações.

E quem duvida, Senhora que essa vossa ardente caridade e amor de Deus esteve sempre acompanhada do amor ao próximo e que por estar triunfante na pátria celestial, nunca vos tem esquecido de nós?

Abre o seio de vossas piedades a quem é tão miserável; dai-lhe a mão a quem caído vos invoca para se levantar; Cantarei a glória de haver encontrado em mim uma miséria proporcional, mais que todas, a vossa compaixão e misericórdia. Amém.

Terminar com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória...

 

Nono Dia

Oh! Santíssima Virgem de Guadalupe!

Que coisa será impossível para Vós, quando multiplicando os prodígios, nem a pobreza nem a grosseria do traje lhe servem de embaraço para formar tão primoroso vosso retrato, nem a voracidade do tempo em mais de quatro séculos tem sido capaz de destroçar nem borra-lo?

Que motivo tão forte é este para alentar minha confiança e suplicarei que abrindo o seio de vossas piedades, de acordo com o amplo poder que vos deu a Divina Onipotência do Senhor, para favorecer aos mortais, vos dignes estampar em minha alma a imagem do Altíssimo que tem borrado minhas culpas!

Não embarace a vossa piedade a grosseria de meus perversos costumes, dignai somente olhar-me, e já com isto alentarei minhas esperanças; porque eu não posso crer que se me olhas não se comovam vossas entranhas sobre o miserável de mim.

Minha única esperança, depois de Jesus, sois Vós Sagrada Virgem Maria. Amém.

 Terminar com um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória...

 

Oração a Nossa Senhora de Guadalupe

pelas Vítimas de Aborto.

 

(Esta oração pode ser rezada em forma de Novena durante 9 dias seguidos

para a Santa Mãe de Deus nos defenda do flagelo do aborto.)

 

Fazer o Sinal da Cruz: Em nome do Pai...

 

Ato de Contrição: Ó meu bom Jesus, que por mim morrestes na Cruz para nos salvar, eu me arrependo de todos os meus pecados,  peço-Vos perdão e prometo de nunca mais pecar.

Vinde Espírito Santo:  "VINDE, ESPÍRITO SANTO, VINDE POR MEIO DA PODEROSA INTERCESSÃO DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA, VOSSA AMADÍSSIMA ESPOSA". (3X) (Invocação ensinada Por Nossa Senhora ao Padre GOBBI.)

Santa Mãe de Deus e da Igreja, Nossa Senhora de Guadalupe, fostes escolhida pelo Pai e pelo Filho através do Espírito Santo. Sois a Mulher vestida de sol que dá à luz a Cristo enquanto Satanás, o Dragão Vermelho, espera para devorar vorazmente Vosso Filho. Assim também Herodes procurou destruir Vosso Filho, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, massacrando para isso tantas crianças inocentes. Assim faz hoje o aborto, matando tantas crianças inocentes não-nascidas, e explorando tantas mães em seu ataque contra a vida humana e contra a Igreja, o Corpo de Cristo.

Mãe dos Inocentes, louvamos a Deus em Vós pelo Dom que Vos deu em Vossa Imaculada Conceição, Vossa liberdade do pecado; Vossa plenitude de graça, Vossa Maternidade Divina e da Igreja, Vossa Perpétua Virgindade e Vossa Assunção em corpo e alma para o Céu.

Ó Auxílio dos Cristãos, pedimo-Vos, protegei todas as mães dos nascituros e os filhos que estão em seus ventres. Rogamos a Vós para que, por Vosso auxílio, termine o holocausto do aborto. Abrandai os corações para que a vida seja reverenciada!

Mãe Santíssima, rogamos a Vosso Doloroso e Imaculado Coração por todas as mães e todas as crianças não-nascidas para que possam viver aqui na terra e, pelo Preciosíssimo Sangue derramado por Vosso Filho, possam ter a vida eterna com Ele no Céu. Rogamos também a Vosso Doloroso e Imaculado Coração por todos os abortistas e todos os que apóiam o aborto, para que se convertam e aceitem Vosso Filho, Jesus Cristo, como seu Senhor e Salvador. Defendei todos os Vossos filhos na batalha contra Satanás e todos os espíritos malignos nestas trevas atuais.

Desejamos que as inocentes crianças não-nascidas, que morreram sem Batismo, sejam batizadas e salvas. Pedimo-Vos que alcanceis esta graça por elas, contrição, reconciliação e o perdão de Deus para seus pais e seus assassinos.

Que seja revelado, mais uma vez, na história do mundo, o poder do Amor Misericordioso. Que ele ponha um fim ao mal. Que ele transforme as consciências. Que Vosso Doloroso e Imaculado Coração revele para todos a luz da esperança. Que Cristo Rei reine sobre nós, sobre nossas famílias, cidades, estados, nações e sobre toda a humanidade.

Ó clemente, ó amável, ó doce Virgem Maria, ouvi nossas súplicas e aceitai este brado de nossos corações!

 

 Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Salve Rainha...

 

Nossa Senhora de Guadalupe, Protetora dos Nascituros, rogai por nós!

       

          Oração de João Paulo II a Nossa Senhora de Guadalupe

Ó Virgem Imaculada, Mãe do Deus Verdadeiro e Mãe da Igreja!, que deste lugar revelastes Vossa clemência e Vossa piedade a todos os que pedem por Vossa proteção, ouvi a oração que Vos dirigimos com filial confiança, e apresentai-a ao Vosso Filho Jesus, nosso único Redentor.

Mãe de Misericórdia, Mestra do sacrifício oculto e silencioso, a Vós, que viestes a nós pecadores, dedicamos neste dia todos o nosso ser e todo nosso amor. Também dedicamos a Vós nossa vida, nosso trabalho, nossas alegrias, enfermidades e tristezas. Concedei-nos paz, justiça e prosperidade a nossos povos; pois confiamos a Vosso cuidado tudo o que temos e tudo o que somos, nossa Senhora e Mãe. Desejamos ser inteiramente Vossos e caminhar Convosco pelo caminho da completa fidelidade a Jesus Cristo em Sua Igreja; amparai-nos sempre com Vossa Mão amorosa.

Virgem de Guadalupe, Mãe das Américas, a Vós rezamos por todos os Bispos, para que consigam levar os fiéis ao longo dos caminhos da intensa vida cristã, do amor e humilde serviço a Deus e às almas. Contemplai esta imensa messe, e intercedei junto ao Senhor para que Ele desperte a fome pela santidade em todo o povo de Deus, e grandes e abundantes vocações de sacerdotes e religiosos, fortes na fé e zelosos dispensadores dos mistérios Divinos.

Concedei a nossos lares a graça do amor e do respeito à vida desde seu início, com o mesmo amor com o qual concebestes em Vosso ventre a vida do Filho de Deus. Bem-Aventurada Virgem Maria, protegei nossas famílias, para que sejam sempre unidas e abençoai a educação de nossos filhos.

Nossa esperança, olhai sobre nós com compaixão, ensinai-nos a ir continuamente a Jesus e, se cairmos, ajudai-nos a levantarmos novamente, para retornar a Ele, por meio da confissão de nossas faltas e pecados, no Sacramento da Penitência, que concede paz à alma.

Nós Vos pedimos que nos alcanceis um grande amor a todos os Santos Sacramentos, que são, como foram, os sinais que Vosso Filho nos deixou na terra.

Assim, Santíssima Mãe, com a paz de Deus em nossas consciências, com nossos corações libertos do mal e do ódio, seremos capazes de levar a todos a verdadeira alegria e a verdadeira paz, que vem a nós de vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que com Deus Pai e o Espírito Santo, vive e reina pelos séculos.

Amém.

 

Sua Santidade João Paulo II
México, janeiro de 1979.
(em visita à Basílica de Guadalupe na sua
primeira viagem ao exterior como Papa)

 


Fonte - http://www.derradeirasgracas.com

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História de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa

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Festa Nossa Senhora da Medalha Milagrosa - 27 de novembro

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é uma invocação especial pela qual é conhecida a Virgem Maria, também invocada com a mesma intenção sob o nome de Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Precede as aparições em La Salette, Lourdes e Fátima.

A Medalha Milagrosa é um rico presente que Maria Imaculada quis oferecer ao mundo no século XIX, como penhor dos seus carinhos e bênçãos maternais, como instrumento de milagres e como meio, de preparação para a definição dogmática de 1854.

 As Aparições da Virgem Maria

Esta invocação está relacionada a duas aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, então uma noviça das Irmãs da Caridade em Paris, França, no século XIX. A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de Julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.

Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: "Irmã Labouré, vem à capela; Santa Maria te aguarda". Mas ela replicou: "Seremos descobertas!". A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera". Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: "A santíssima Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse: "Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá".Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.

Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França". Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.

Então a visão modificou-se e Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz e rodeada por uma frase que dizia: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Desta vez a Virgem deu instruções diretas: "Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças". 

Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas. Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha. A irmã viu no reverso a letra "M" encimada por uma cruz, tendo um traço na base e por baixo do monograma de Maria os dois corações de Jesus e de Maria, o primeiro cercado por uma coroa de espinhos, o segundo atravessado por uma espada; e segundo tradução oral comunicada pela vidente, uma coroa de doze estrelas a cercar o monograma de Maria e os corações. Também a mesma irmã disse depois, que a Santíssima Virgem Maria calcava aos pés uma serpente de cor esverdeada com pinturas amarelas.

Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida. A Virgem disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.

De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder de Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832. Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Santa Maria da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

 

A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças

A própria medalha contém as palavras por que a Santa Mãe de Deus quis ser invocada: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.
Essa inscrição já sintetiza boa parte da mensagem que a Virgem Mãe revelou: a Imaculada Conceição, pela primeira vez objeto de revelação particular, em 1858 ratificada em Lurdes, e transformada em dogma pelo Papa Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus, e a mediação da Mãe de Deus junto ao seu Divino Filho.Usar essa invocação, portanto, significa acreditar que a Virgem das virgens é a Medianeira imaculada.

Simbolismo da Medalha Milagrosa

A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente. A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar". Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o "novo Adão", juntamente com Maria, a co-redentora, a "nova Eva". É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.

Os raios: Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.

As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de Israel. Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na oração Ave, Stella Maris.

O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi Maria quem o formou em seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.

O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.

O M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.

O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a perpetuação do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristão.  

 

 

Fonte: Wikipédia
http://www.arnsg.org.br/medalha 
Para saber mais: 
http://www.santuariodamedalha.org.br/default.asp

http://devocaoefe.blogspot.com.br/2012/11/nossa-senhora-das-gracas-da-medalha.html

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