Família

Sua forma de educar gera filhos maduros, líderes e autônomos?

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Three Young Teenagers

Muitos pais têm tratado suas crianças e adolescentes com mimos e comportamentos super-protetores, impedindo seu crescimento pessoal

Kathy Caprino, que escreve para a Forbes, costumava trabalhar como terapeuta familiar, antes de se tornar coach de carreira e liderança. Nesse longo tempo, em contato com casais, famílias e crianças, Caprino diz ter testemunhado uma variedade de comportamentos funcionais, mas também disfuncionais, por parte dos pais que conheceu. Impedir os filhos de ganhar independência, perseverança e se tornarem os líderes em potencial que são eram práticas frequentes, ainda que inconscientes.

Buscando informações sobre o assunto, Kathy se deparou com os livros do Dr. Tim Elmore, escritor e fundador de uma organização que busca empoderar jovens através de um trabalho de mentoria. O especialista confirmou suas constatações: muitos pais têm tratado suas crianças e adolescentes com mimos e comportamentos super-protetores, impedindo seu crescimento pessoal e podando suas capacidades de liderança – de si mesmos e de empreendimentos ao redor do mundo.

Aqui estão 7 desses comportamentos, identificados por Elmore, e que devem ser evitados se você quer que seu filho se torne um líder capaz:

1. Não deixar as crianças se arriscarem

O medo de perdê-las nos leva a fazer tudo o que podemos para protegê-las. Isso é correto e de fato uma responsabilidade dos pais, mas há riscos saudáveis e que precisam ser permitidos. Psicólogos europeus descobriram que crianças que não podem brincar fora de casa e que nunca chegam a se machucar de leve (sofrer uma queda, por exemplo) frequentemente desenvolvem fobias na idade adulta. Não permitir que adolescentes sofram o fim de um relacionamento amoroso ou que crianças caiam algumas vezes, aprendendo que é normal, provavelmente gerará adultos arrogantes (que não sabem lidar com as falhas) e com baixa autoestima.

2. Correr ao seu socorro muito rápido

Quando cuidamos de todos os problemas e enchemos as crianças de excessivos cuidados, deixamos de ensiná-las a tomar iniciativa e enfrentar suas dificuldades. É necessário que elas aprendam a caminhar sozinhas, para que se tornem líderes. Do contrário, serão adultos acomodados e inconsequentes.

3. Elogiar com facilidade

Não há problemas em elogiar os filhos quando eles merecem, mas a política de que “todos são vencedores” pode ser prejudicial, em longo prazo. É importante fazer com que seu filho se sinta especial, mas elogiá-lo sem critério, deixando de lado comportamentos errados, lhe ensinará a mentir, exagerar e trair, por medo de enfrentar a realidade como ela é e de causar decepção ao admití-la.

4. Deixar a culpa ser um obstáculo para a boa liderança

Seus filhos não precisam amar você todos os minutos de suas vidas. Eles conseguirão lidar com decepções, mas não com o fato de serem mimados. Por isso diga “não” ou “agora não” e deixe que eles lutem por aquilo que realmente valorizam e precisam.

5. Não compartilhar nossos erros

Adolescentes saudáveis desejarão fazer as coisas do seu jeito, e nós como adultos temos que permitir isso, o que não significa que não possamos ajudá-los. Compartilhar erros do passado pode gerar um sentimento de identificação e orientar seus filhos a escolherem melhor. Você não é o único a influenciar seu filho, então busque ser a melhor influência.

6. Confundir inteligência, talento e influência com maturidade

A inteligência é muitas vezes usada como uma medida da maturidade de uma criança, e, como resultado, pais costumam deduzir que uma criança inteligente está pronta para o mundo, o que não é necessariamente verdade. Para decidir quando soltar mais seus filhos e dar-lhes mais independência, observe outras crianças da idade deles, e veja como responde às pequenas responsabilidades que lhes forem dadas. Não apresse nem atrase esta independência!

7. Não fazer o que dizemos

Como pais, é nossa responsabilidade dar o exemplo de vida que queremos que nossos filhos vivam, ajudando-lhes a construir um bom caráter e a serem responsáveis em todos os aspectos. Como líderes de nossas casas, podemos começar por falar apenas com honestidade, sem hipocrisia ou mentiras (nem mesmo aquelas mais simples). Observe suas ações e escolhas éticas; seu filho, com certeza, as estará observando.

Fonte:  Forbes

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Até que ponto a ordem de nascimento dos filhos em uma família afeta suas personalidades?

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Você vai fazer uma viagem de carro com seus irmãos adultos. Qual desses três cenários mais se parece com você?

1. Você vem planejando a viagem há semanas, já cuidou das reservas de hotel e restaurante, trocou o óleo do carro e encheu o tanque. E até já mapeou as paradas para descanso ao longo do caminho.

2. Você passou a manhã na correria, tentando aprontar tudo. No final, jogou lanches e roupas na mala de qualquer jeito, na última hora. Se é você quem vai dirigir, está torcendo para encontrar um posto na estrada e encher o tanque, que está pela metade.

3. Viagem em família? Vai ser divertido! Você aceitou o convite porque vai ser uma curtição e não planejou contribuir com nada, exceto suas piadas e historinhas divertidas. Você curte os lanches que seus irmãos mais velhos trouxeram. Percebe que talvez precise comprar um agasalho mais apropriado quando vocês chegarem ao destino.

Se você se identifica com o cenário nº 1, é provável que seja o filho primogênito.

Se o segundo cenário o descreve bem, você é provavelmente o filho do meio.

Você se identifica mais com o cenário nº 3? O mais provável é que seja o caçula.

A ordem de nascimento faz diferença

Alguns pesquisadores consideram a ordem de nascimento tão importante quanto o gênero e quase tão importante quanto questões genéticas. É a velha história da natureza versus criação. Em minha experiência de educadora e pesquisadora, sei que não existem dois irmãos que tenham os mesmos pai e mãe, mesmo que vivam na mesma família. Por que? Porque os pais são diferentes com cada um de seus filhos, e não há dois filhos que desempenhem o mesmo papel. Por exemplo, se você é o filho cuidador, o papel de cuidador já terá sido tomado, e seu irmão escolherá outro papel para exercer na família, talvez o do realizador.

Somos pais diferentes com cada filho

Como pai ou mãe, você se lembra bem de seu primeiro filho. Foi aquele que você vigiava quando estava dormindo, para ter certeza de que continuava a respirar. Foi o bebê que você carregou no colo e amamentou e/ou para o qual esterilizou mamadeiras por mais tempo. Esse filho é o único que terá tido o monopólio dos pais; todos os outros filhos foram obrigados a dividi-los.

O filho primogênito nasce numa família de adultos que se orgulha de cada conquista dele e teme todo machucado ou acidente potencial. O filho do meio com frequência é dominado pelo primogênito, que é mais velho, sabe mais e é mais competente. Quando nasce o filho caçula, os pais geralmente já estão cansados e têm menos tendência a querer controlar tudo. Quando você tem seu caçula, já sabe que seu bebê não vai quebrar; logo, pode ser mais flexível em termos de atenção e disciplina. O resultado é que seu bebê aprende desde cedo a seduzi e divertir vocês.

O realizador, o pacificador e o brincalhão

Enquanto o filho mais velho é programado para alcançar excelência e realizações, o filho do meio é criado para ser compreensivo e conciliador, e o caçula quer atenção. Assim, a ordem de nascimento dos filhos é uma variável poderosa no desabrochar da personalidade de cada um.

O primogênito: o realizador

O primogênito provavelmente terá mais em comum com outros primogênitos do que com seus próprios irmãos. Pelo fato de ter sido alvos de tanto controle e atenção de seus pais, marinheiros de primeira viagem, os primogênitos são responsáveis até demais, confiáveis, bem comportados, cuidadosos –versões menores de seus pais.

Se você é filho primogênito, é provável que seja um realizador que busca aprovação, domina e é aquele perfeccionista que suga todo o oxigênio que há na sala. Você pode ser encontrado em profissões que requerem liderança, como direito, medicina, ou ser CEO de uma empresa. Como mini-pai ou mãe, também tenta dominar seus irmãos. O problema é que, quando nasce o bebê número dois, você tem um sentimento de perda. Ao perder seu lugar no trono familiar, você também perde o lugar especial decorrente da singularidade. Toda a atenção que era voltada exclusivamente a você agora terá que ser compartilhada entre você e seu irmão.

O filho do meio: o pacificador

Se você é filho do meio, é provável que seja compreensivo, cooperador e flexível, mas também competitivo. Você se preocupa com o que é justo. Na realidade, como filho do meio, é muito provável que escolha um círculo íntimo de amigos para representar sua grande família. É nesse espaço que encontrará a atenção que lhe faz falta em sua família de origem. Como filho do meio, você é quem recebe menos atenção de sua família, e por essa razão essa família que você escolheu é sua compensação. Como filho do meio, você está em muito boa companhia: presidentes americanos notáveis e celebridades como Abraham Lincoln, John F. Kennedy, Winston Churchill, Bill Gates, Donald Trump e Steve Forbes também o são. Embora em muitos casos você só se destaque mais tarde na vida, acabará em profissões poderosas que lhe permitam fazer bom uso de suas habilidades de negociador — e também conseguir aquela atenção que lhe faz tanta falta.

Você e seu irmão mais velho nunca vão se destacar na mesma coisa. O traço de personalidade que o define como filho do meio será o oposto daquele de seu irmão mais velho e do menor. Mas as ótimas habilidades sociais que você aprendeu por ser o filho do meio –negociar e orientar-se dentro de sua estrutura familiar– podem prepará-lo para um papel de empreendedor num palco maior.

O filho caçula: aquele que anima a festa

Se você é o caçula da família, seus pais já se sentiam confiantes em seus papéis de cuidadores; por essa razão, eram menos rígidos e não necessariamente prestavam atenção a cada passo ou marco seus, como fizeram com seus irmãos mais velhos. Assim, você deve ter aprendido a seduzir as pessoas com seu charme e simpatia.

Como filho caçula, você tem mais liberdade que os irmãos mais velhos e, em certo sentido, é mais independente que eles. Como o caçula, você também tem muito em comum com seu irmão mais velho, já que vocês foram tratados como especiais, dotados de certos direitos inatos. Sua influência se estende a toda a família, que lhe dá apoo emocional e físico. Logo, você tem um sentimento de segurança e de ter seu lugar próprio.

Provavelmente não o surpreenderá observar que os filhos caçulas com frequência encontram profissões ligados ao entretenimento, como atores, comediantes, escritores, diretores e assim por diante. Eles também dão bons médicos e professores. Como seus pais foram mais descontraídos e lenientes, você tem a expectativa de ter liberdade para seguir seu próprio caminho em estilo criativo. E, como o caçula da família, carrega menos responsabilidade, e por essa razão não atrai experiências responsáveis.

O filho único

Se você é filho único, cresce cercado por adultos e, por essa razão, com frequência sabe verbalizar as coisas bem e tem bastante maturidade. Isso possibilita ganhos de inteligência que excedem outras diferenças de ordem de nascimento. Tendo passado tanto tempo sozinho, você é engenhoso, criativo e tem confiança em sua independência. Se você é filho único, na realidade tem muito em comum com os primogênitos e também com os caçulas.

Pais: conheçam seus filhos

Em última análise, é importante para os pais conhecer seus filhos. Ainda mais importante que a ordem em que eles nasceram é criar um ambiente positivo, sadio, seguro e estimulante. Compreendendo a personalidade e o temperamento de cada filho, você pode organizar o ambiente dele de modo a aproximá-lo de seu potencial mais pleno. Por exemplo, sabendo que o filho primogênito tem grande senso de responsabilidade, você pode aliviar a carga dele, e reconhecendo que o caçula está vivendo em um ambiente mais leniente, você pode ser mais exigente em termos de disciplina.

A criança precisa ter direito de buscar seu próprio destino, seja qual for seu papel na família, e, como mãe ou pai, sua tarefa mais importante é apoiá-la nessa sua jornada individual.

Fonte: Dr. Gail Gross

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Socorro! Como manter a paz em casa, mesmo com as crianças?

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É difícil dizer que a minha casa é um lugar “pacífico”: temos cinco filhos, de 9, 7, 4 e 2 anos, e o caçula com 2 meses. Mas fizemos algumas mudanças intencionais, há cerca de dois anos, que trouxeram momentos de paz para a nossa vida diária: as crianças fazem tarefas, cozinham e brincam juntas sem todos aqueles gritos, ciúmes e rivalidades de irmãos que costumavam atormentar o nosso tempo juntos.

Mudar o nosso jeito de ser pais foi difícil: a nossa opção inesperada pelo “homeschooling” forçou o meu marido e a mim a sincronizar as nossas “técnicas de paternidade” e a ter objetivos bem claros sobre as nossas escolhas parentais. Com ou sem “homeschooling”, o fato é que cada família precisa de momentos de paz compartilhados por todos. A paz não é um desejo: é uma necessidade. Se a sua família quer conviver bem, com cada um amando os outros, é preciso ensiná-la a viver em paz.

Compartilho por isso os cinco pontos que estão ajudando a nossa família a ter mais paz em casa:

1. A atitude é uma escolha

Eu digo isso o tempo todo, como um disco riscado: “A atitude é uma escolha”. Nós ensinamos aos nossos filhos a diferença entre sentimentos e atitude. Você pode até não ser capaz de controlar as suas emoções e sentimentos, mas pode controlar a sua atitude. Nosso menino de 4 anos às vezes não gosta de ver que a irmã ganhou um lanche maior que o dele, mas tem que controlar a atitude e pedir gentilmente para dividir,em vez de arrancá-lo das mãos dela.

Quando eu era médica recém-formada, aprendi a controlar a minha atitude da maneira mais difícil. Um bebê de quem eu tinha passado meses cuidando no hospital faleceu inesperadamente. Passei duas horas com uma equipe de profissionais tentando salvar a vida dele. Mas…o bebê morreu, apesar de todos os esforços. Eu me sentei ao lado da família dele e chorei. Quando aquele momento passou, havia uma longa fila de pacientes esperando por mim.

Cansada e estressada, eu lutei contra as lágrimas e atendi o próximo paciente. Fui impessoal e fiz algum comentário que a família dele achou rude. Eles se queixaram com o meu chefe sobre a minha atitude, o que me deixou em apuros. Aprendi assim a dura verdade: não importa se o meu último paciente morreu; eu tenho que entrar em cada quarto de cada próximo paciente com um sorriso no rosto e com uma atitude positiva. A atitude é uma escolha minha, mesmo quando os meus sentimentos não são.

Se eu não ensinar os meus filhos a controlar a atitude, alguém vai ensinar –e, provavelmente, não do melhor jeito. Às vezes, como forma de disciplina, os meus filhos têm de escrever uma redação para explicar como escolher a melhor atitude. Pode parecer exagero, mas o aprendizado de controlara atitude é fundamental para o sucesso em qualquer trajetória de vida.

Crianças com atitude negativa sofrem para fazer e manter amigos na escola. Adultos com atitude negativa são os primeiros a ser demitidos, não importa o quanto sejam inteligentes, qualificados ou dotados da melhor aparência.

Ah, sim, e eu tenho que controlar a minha atitude em casa, também. Quando não estou alegre, os meus filhos jogam na minha cara: “Mamãe, a atitude é uma escolha!”. Eles adoram me dizer isso quando eu fico brava, o que me leva para o ponto nº 2:

2. As palavras podem doer mais do que um tapa

Eu não bato nos meus filhos, mas demorei muito para perceber que poderia machucá-los com as minhas palavras. Já disse a eles coisas que jamais publicaria no meu blog. Eu fazia isso porque funcionava: eles realmente mudavam de comportamento na base do grito. Mas a mudança de comportamento nascida de feridas físicas ou emocionais não é eficaz nem duradoura. Como pais, nós temos que usar palavras ponderadas mesmo quando estamos irritados. Grite menos.Se possível, não grite nunca.

Em vez de se enfurecer, dê nome a cada tipo de comportamento. Nós passamos a indicar o nome de cada sentimento ou postura que percebíamos neles: “isto é inveja”, “isto é gula”, “isto é paciência”, “gentileza”, “diligência”, “caridade”. Foi estranho no início, mas eu adoro, hoje, quando a minha filha de 6 anos avisa ao irmão provocador: “Isso não é caridade!”.

Conseguimos bons resultados enfatizando as consequências e deixando os gritos de lado. Se alguém briga, eu só digo: “Isso não é gentileza”. E aplico à criança um tempo de “suspensão” da vida familiar:os pequenos vão passar uns bons minutos no banheiro sem poderem brincar; os mais velhos têm que fazer uma redação na qual reflitam por escrito sobre o seu comportamento. Às vezes,damos tarefas extras, fazemos um irmão prestar um serviço ao outro como reparação por tê-lo ofendido ou ressaltamos as consequências naturais de um ato: se algum deles rabiscou a própria roupa, vai continuar tendo que usar aquela roupa.

As palavras grosseiras não são aceitáveis nem ​​entre os irmãos. Não existe esse tipo de “liberdade de expressão” dentro da nossa casa. Eu não acredito naquela história de que “paus e pedras podem quebrar os meus ossos, mas palavras nunca vão me machucar”. Machucam, sim.Nós mostramos as consequências de ser grosseiros ou irônicos e pedimos que os nossos filhos pensem no porquê de agir assim. E explicamos a eles, também, que, no mundo fora de casa,existe aquela “liberdade de expressão”que permite dizer coisas desagradáveis, mas que, mesmo assim,eles não precisam necessariamente “bater de volta”. Isto nos leva ao ponto nº 3:

3. Cortar todo tipo de violência física

A rivalidade entre irmãos chegando às vias de fato é uma coisa frequente: irmãos se empurrando beliche abaixo, se atropelado com bicicletas, torcendo o braço um do outro…E é frequente a família rir desses “incidentes”, embora uma perna quebrada simplesmente não tenha graça nenhuma, em particular para a vítima. Um “tapinha” ou um “empurrãozinho”por raiva entre irmãos é violência. Se esse comportamento é ilegal fora de casa, também não é aceitável dentro de casa.

O bullying entre irmãos é um fato real e provoca sofrimento mental e físico real. Um estudo pediátrico de 2013 apontou que as crianças que sofrem comportamentos agressivos de irmãos apresentam índices maiores de distúrbios mentais.

Adote uma política de não tolerância a qualquer tipo de violência física: tapas, chutes, cuspes, mordidas, empurrões, lápis esfregados na pele e qualquer outra forma de agressão que eles puderem imaginar. Nós falamos sobre o comportamento inaceitável e sobre as suas consequências todas as manhãs,em nossa reunião de família, o que me leva ao ponto nº 4:

4. Tenha uma reunião de família todas as manhãs

Grande parte das turmas, do pré-escolar até o ensino médio, tem uma “reunião” ou uma breve sessão de avisos no começo do dia. Por quê? Porque o esclarecimento do que se espera daquele dia evita discussões e maus comportamentos. Quando os nossos filhos estavam na escola, nós tínhamos a nossa “reunião” no carro a caminho das aulas. Agora, como “homeschoolers”, temos as reuniões na sala de estar. Tratamos da programação do dia, definimos as expectativas de comportamento e as consequências do mau comportamento.

Eu digo ao meu filho de 4 anos, por exemplo: “Seu irmão tem aula de piano às 3h30. Se você esperar comigo lendo este livro sem ficar se queixando, vamos construir juntos o dinossauro de Lego quando voltarmos para casa”.Também conversamos sobre o que faremos para o jantar e trocamos ideias sobre passeios em família. Quando as crianças aprendem a pensar no futuro, mesmo que num futuro imediato, elas se motivam para fazer bem as tarefas do dia. E isto nos leva ao ponto nº 5:

5. Planeje muitas coisas divertidas

Atividades divertidas são minha “moeda” como mãe,a motivação para incentivar os meus filhos (e a mim mesma) a trabalhar duro. Planeje coisas gostosas para a família todos os dias, mesmo que seja apenas um bom jantar ou 20 minutos para montar brinquedos de Lego antes de dormir. Eu planejo intencionalmente essas coisas, inclusive o jantar. Entre futebol, dança,música e atividades dos escoteiros, é difícil fazer alguma coisa juntos como família se não for planejado. Uma vez por semana, agendamos um passeio em família juntos. Aquela velha frase é verdadeira: família que se diverte unida permanece unida.

Ao estabelece esse “quadro de paz doméstica”, mesmo que nem tudo acabe dando 100% certo, nós proporcionamos aos nossos filhos a disposição e os meios para eles geriremos seus futuros relacionamentos com amigos, família, colegas de trabalho, vizinhos,colaboradores, chefes e figuras de autoridade.

E a sua casa será um mundo mais pacífico e muito mais feliz.

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‘Barriga de Aluguel’: o ser humano tem uma dignidade, o corpo da mulher não é uma ferramenta de produção!

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Conheça as razões pelas quais a Igreja se opõe à prática das ‘barrigas de aluguel’.
 
1. A Igreja se preocupa com o sofrimento das mulheres afetadas pela esterilidade, mas se opõe à descriminalização das barrigas de aluguel em nome do respeito à dignidade humana.
 
A Igreja recorda que a intenção legítima e excelente de dar vida a um filho não confere um “direito” a um filho, que permitiria que os pais exigissem do Estado qualquer meio para chegar a este objetivo.
 
O fim não justifica os meios, reafirma a Igreja, protegendo um dos maiores princípios da vida moral pessoal e coletiva.
 
Para promover o respeito à dignidade humana neste tema, ela se apoia em numerosos argumentos racionais dirigidos à mãe e ao filho, como se apresentam a seguir.
 
2. A prática da barriga de aluguel se baseia na instrumentalização do corpo da mulher, transformando-o em ferramenta de produção.
 
Com relação à barriga de aluguel, a instrumentalização da pessoa é manifesta. O contrato tem, de fato, a intenção de proporcionar um “empréstimo” do útero, em troca de remuneração ou compensação à mulher que se entrega a isso, conferindo um direito patrimonial sobre o seu corpo, incompatível com a dignidade humana.
 
Colocando seu corpo à disposição dos que o requerem, a mãe de aluguel produz um filho por meio do seu instrumento de trabalho, o útero, o que leva a uma confusão entre gravidez e simples fabricação de mercadoria.
 
Como a prostituição separa a sexualidade da vida íntima para transformá-la em serviço disponível no mercado, o uso de uma mulher como gestante separa amaternidade da vida pessoal e privada para transformá-la em trabalho e serviço.
 
3. A prática da barriga de aluguel contradiz o princípio de indisponibilidade do corpo humano.
 
Alguns podem argumentar que a mãe de aluguel é voluntária e perfeitamente consciente do que faz. Mas a prática da barriga de aluguel contradiz o princípio de indisponibilidade do corpo – componente, ele mesmo, da dignidade da pessoa humana.
 
Como o corpo se identifica com a pessoa, deve se beneficiar desta indisponibilidade. Este princípio tem uma virtude essencial: preserva-nos da mercantilização do corpo humano. Isso permite evitar que os mais pobres sejam tentados a abdicar da sua dignidadevendendo o único que têm: seu corpo. De fato, você já viu mulheres ricas emprestando seu útero a mulheres pobres?
 
4. A prática da barriga de aluguel trata o filho como se fosse uma coisa da qual podemos nos apropriar.
 
Se a barriga de aluguel instrumentaliza a mulher, transformando-a em uma ferramenta viva, também implica em uma coisificação do filho, que ofende suadignidade. De fato, a mãe de aluguel se compromete a ceder o filho colocando um ato de disposição relativo a uma pessoa. A isso segue uma coisificação do filho, tratado não como um sujeito de direito, mas como um objeto de crédito ou como algo devido, em razão de um contrato.
 
O ato de renunciar a um filho e entrega-lo em troca de uma retribuição o coloca no mundo das coisas apropriáveis e disponíveis, ao contrário da pessoa, radicalmente indisponível. As coisas têm um preço, o ser humano tem uma dignidade: esta é uma das leis da nossa civilização.
 
Reduzindo o filho a algo comercial, é lógico que se questione a qualidade do produto negociado no contrato. O que aconteceria se o filho não respondesse ao desejo dos que o encomendaram, se nascesse com alguma deficiência ou má-formação? Para evitar esta possibilidade, geralmente se propõe uma cláusula de ruptura de contrato, exigindo da mulher que exerça seu “dever de abortar”.
 
5. A prática da barriga de aluguel destrói a delicada relação que se estabelece entre mãe e filho ao longo da gestação.
 
Considerando sensato responder, a qualquer preço, aos desejos dos adultos, a prática da barriga de aluguel fere uma criança que não tem preço.
 
A mãe de aluguel se compromete a abandoná-lo no nascimento, depois dos nove meses de gravidez. Coloca-se, portanto, obrigatoriamente (não fazê-lo seria só um mecanismo de defesa), em situação de abandono psicológico desse filho.
 
Mas poderá ser assim realmente quando ela sentir o filho mexendo-se em seu interior? Como acreditar que o ato dessas mulheres estará isento de complexidades neurológicas potencialmente patológicas para elas, para seus próprios filhos e para aquele a quem ela abandona?
 
6. A prática da barriga de aluguel não é uma modalidade de adoção.
 
Os pais que adotam socorrem uma criança que já existe e é órfã dos seus pais naturais. A magnífica escolha da paternidade e maternidade adotivas não se encontra na origem da criança, não causa sua existência, não fabrica o bebê. Esta é a grande diferença. Os pais adotivos se situam em uma lógica de acolhimento de uma criança já nascida; abrem seus braços e seu lar a essa criança de passado doloroso.
 
A criança não é construída para satisfazer um capricho, mas recebida do outro, ou seja, dos seus pais desaparecidos. Os pais adotivos entram, assim, em uma dinâmica de participação em uma história, em um desígnio que os supera e do qual não são os primeiros responsáveis.
 
As pessoas podem sofrer por não ter filhos e a adoção nem sempre é fácil. Mas sempre haverá crianças a quem amar, sustentar, acompanhar, inclusive sem vínculo de parentesco genético. Mas sem possessão.
 
Esta é a fecundidade – exigente, mas fonte de alegria – que a Igreja mostra sempre que oferece seu discernimento em matéria de assistência médica à procriação.
 
(Por Pierre-Olivier Arduin, responsável pela comissão de bioética do Observatório sociopolítico da diocese de Fréjus-Toulon, França)
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Tenha sempre tempo para os seus filhos

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tumblr_lofto4giXi1qzh5j8o1_500De muitas maneiras os pais perdem os seus filhos. Um grave erro dos pais é não ter tempo para eles. Trabalham, trabalham e trabalham… e o tempo escasso que sobra não podem estar com os filhos porque precisam descansar, e fazer “outras coisas”.

Ora, educar os filhos é uma tarefa que exige “estar com os filhos”. É preciso de tempo; e tempo, convenhamos, é uma questão prioridade e escolha. Se você não acha tempo para o seu filho, entenda, é porque ele não é importante para você.

É acompanhando os filhos no dia-a-dia que temos a oportunidade de corrigi-los. Os pais precisam participar da vida dos filhos, para que eles se sintam valorizados e amados. Você precisa saber o que ele está estudando, como vai indo na escola, que problemas enfrenta. A principal carência dos nossos jovens hoje é a falta de amor dos pais, que se manifesta na ausência e na omissão destes.

Os filhos crescem rápido; não mais do que 18 anos e eles já estão se separando de nós para viver a própria vida. O que não foi feito na hora certa, não poderá ser feito depois.

Viva com o seu filho. Viva no meio dele. Conheça seus amigos. Procure saber onde ele vai, com quem está. Convide-o a trazer seus amigos para a sua casa. Participe amigavelmente de sua vida.

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