História dos Santos

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (Lisieux)

| Imprimir | PDF 

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (Lisieux)

Santa Teresa de Lisieux é universalmente conhecida como a Santa que ensinou ao mundo a "Pequena estrada da infância espiritual" e falou frequentemente da necessidade de "nos transformarmos em pequenos diante a Deus" e de ter encontrado "uma estrada reta, muito breve, uma pequena estrada toda nova" para ir ao céu.


Doutora da Igreja

Ansiosa que esta "pequena estrada" venha ensinada aos cristãos, Santa Teresa não teve medo de negar com decisão a fé dos sábios e dos inteligentes. A sua estrada para alcançar o céu é a estrada da simplicidade, a estrada dos dóceis e dos puros de coração. Os textos complicados, onde a fé parece reservada ao teólogos e aos poucos eleitos não a interessa. Teresa não se cansa de repetir que a Boa Novela é revelada aos pequenos e que a Palavra de Deus doa sabedoria aos simples.

Santa Teresa na sua humildade é a mãe e o modelo de todos os filhos de Deus. Esvaziada de tudo, recebe ela mesma em dom do Pai. Se sente um nada e em Deus se transforma em tudo. Se deixa fecundar da graça, deixa agir Deus em si, como uma menina nas mãos do papai.

O extremo gesto espiritual indicado por Teresa é o abandono, a única estrada que leva inevitavelmente aos braços de Deus. Teresa não tem outro desejo que esconder-se nos braços de Deus, para se deixar acariciar por Ele, para se deixar inundar pelo oceano da sua Misericórdia. O abandono é em definitivo o gesto de confiança mais definitivo e autentico, porque é a renúncia completa à própria  vontade e é a submissão total à vontade do Pai.

Santa Teresa cria confusão na igreja e no mundo como um "tufão de glória" (Pio XI). Já durante a sua vida teve uma incredível onda de milagres: (a célebre "chuva de rosas") que convenceu o povo cristão de que Deus dava crédito àquela "pequena santa" fazendo-a gloriosa e potente. Ao mesmo tempo teve também uma onda de conversões: homens que se sentiram literalmente guiados pela mão suave desta moça.

Ainda hoje o mundo inteiro a define como a moça mais amada da terra. Teresa a todos grita que Jesus quer nos perdoar, nos quer curar, nos quer inundar pelo seu Amor, porque Ele mesmo necessita de amor.

A Ele vamos com o peso dos nossos pecados. E Ele é contente de nos purificar. Ele não se suja nos abraçando, enquanto o seu abraço nos purifica: "Eis tudo aquilo que Jesus espera de nós: não precisa das nossa obras, mas somente do nosso amor. Tinha sede, mas dizendo: Dei-me de beber, o Criador do universo pedia amor à sua criatura. Tinha sede de amor".

Teresa de Lisieux nos coloca em contacto com a sua alma. Aguda contemplativa, rica de experiência e de sabedoria, nos indica o itinerário mais simples para alcançar o fim da vida: entrar na intimidade com Deus como um Pai misericordioso e tenro através de quem, persuadido pela própria fraqueza e das próprias misérias, vai a ele com ilimitada intimidade.

Transmite a sua mensagem com uma linguagem simples onde nao se pode rejeitar e nos grita que ser santos, não é o resultado de um esforço do homem, mas um dom de Deus.

Olhando Teresa nascerá em cada um de nós a saudade de nos transformarmos como aqueles pequenos aos quais Cristo da em herança o reino dos céus. Se compreenderá como a vida seja um bem que o ser humano recebe, sem nenhum mérito. Um dom e um meio para receber e dar amor e assim realizar a essência do ser humano: "Necessidade de amar e de ser amado".

Hoje a igreja inteira ama esta esplendida Santa, uma mulher, a mais jovem Doutora da sua história bimilenária. O ensinamento de Teresa nos pode e nos deve alcançar através da sua vida contada sob o aspecto de luz de uma relação de amor. Não se pode que sermos afascinados e surpresos em ver os prodígios de Deus na alma desta Santa, que teve a coragem de abandonar-se à sua Misericórdia. "Se o teu coração te acusa de pecado, Deus é maior do teu coração".

Quem faz da própria vida uma intercambio de amor, experimenta a liberdade e a felicidade, ao contrário, quem se deixa roubar a inteligência, o amor ou a fé, renuncia a viver e cai naquela solidão angustiante que experimentam também hoje tantos seres humanos. Situação que pode ser ainda superada procurando um encontro pessoal, uma experiência forte, um guia autêntico que nos introduza em uma vida digna de ser vivida por aquele Deus o qual a pequena Teresa nos fala com toda a sua vida, na procura contínua e intensa do Seu vulto.

Os passos deste itinerário serão revelados no percurso proposto aqui a seguir, que tenderá de revelar a abundante substância da espiritualidade desta grandíssima santa, para todos aqueles que desejam começar a inebriar-se da sua fragrância.

Teresa Martin nasceu em Aleçon (Orne), pequeno lugarejo da Normandia francesa, no dia 2 de janeiro de 1873 da uma família rica de profunda fé cristã, última de oito filhos, 3 destes morrerão pequenos, porque naquele tempo a mortalidade infantil não tinha sido vencida. Todavia apesar das tragédias na família Martin reina uma sólida fé que os consente de passar qualquer problema à presença de Deus.

Vida de uma Santa

O pai Louis Martin nascido no dia 22 de Agosto em Bordeaux, era relojoeiro, tinha aprendido o seu trabalho na Suíça, desde menino tinha seguido seu pai em Avignone, Strasburgo e assim conheceu a vida dos campos militares até que este se aposentou e se transferiram a Aleçon no ano de 1830. Louis aos 22 anos sonha uma vida religiosa e se apresenta ao mosteiro do Grande São Bernardo mas não vem aceitado porque não conhecia o latim, todavia por oito anos conduz uma vida quase monástica, toda dedicada ao trabalho, a oração e a leitura.

A mãe Zélie Guérin, nascida o dia 23 de Dezembro de 1831 em uma família de origem humilde, foi educada por um pai autoritário e por uma mãe muito severa, também ela pensa à vida religiosa, mas o seu pedido de ser acolhida nas freiras do Hotel Dieu d'Aleçon foi negada e então se lança na fabricação do "Ponto de Aleçon" abre uma loja e se transforma em uma hábil trabalhadora e terá sucesso.

Já desde o seu nascimento, Teresa conhece o sofrimento: a somente quinze dias de vida risca de morrer devido a uma enterite aguda. Com dois meses Teresa supera uma crise porém a mãe foi obrigada, sob conselho médico, de separar-se da filha e dá-la por um período a uma ajudante.

Com quatro anos Teresa perde a mãe, devido a um câncer no seio, todavia as irmãs fazem do melhor para crescer a pequena Teresa, no mesmo período se transferem a Lisieux (Calvados). Com nove anos quando sua irmã Paulina, a sua "pequena mãe", entra ao Carmelo da cidade, Teresa cai gravemente doente. Ninguém sabe diagnosticar a doença. Teresa, familiares e amigos oram muito. No dia 13 de Maio de 1883, quando já parecia inevitável a morte, Teresa vê a Virgem sorridente e imediatamente se restabelece. A cura repentna e aquele sorriso materno de Maria a fazem ainda mais determinada a realizar o sonho de sempre ou seja, consagrar-se totalmente ao Amor. Na primeira comunhão (8 de Maio de 1884) Teresa experimentou de sentir-se amada "foi um beijo de amor, me sentia amada e dizia também: Te amo, me dou a ti para sempre".

Sucessivamente também a primogênita Maria entra no Carmelo. Aos 14 anos, Teresa anuncia ao pai a intenção de entrar no Carmelo. Aos 15 anos (o 9 abril 1888) passa pelo portão da clausura, depois de ter obtido - considerada a sua jovem idade - uma autorização particular do papa Leão XIII, que encontrou no dia 20 de novembro de 1887 em Roma. No Carmelo era calmíssima e reencontrou a paz, que não a abandonou mais, nem durante a prova. A madre Gonzaga, apesar da jovem idade de Teresa a tratava com severidade, todavia ela nunca se lamentou.

No entanto as condições do pai pioravam. A arteriosclerose devastou o pai de Teresa que foi interdito e internado por três anos em um hospital. Este fato lhe deu uma terrível dor.

Mas as provas maiores para ela não foram aquela da saúde, mas a "noite" do espírito que a co-envolveu por 18 meses. Experimentou isto não através das frequentações dos ateus, mas no silencio de Deus entendeu a condição do ateu: "Deus permitiu que a alma minha fosse invadida pelas trevas e que o pensamento do Céu, dulcíssimo para mim, não existisse, mas era somente luta e tormento".

A sua saúde ruim todavia não resistia muito tempo ao rigor da regula carmelitana e no dia 30 de setembro de1897, à idade de 24 anos, morrerá de tubercolose, vivendo dia a dia os seus sofrimentos em perfeita união a Jesus Cristo morto em cruz, para a salvação dos homens.

Este período de nove anos transcorridos em uma vida de religiosa, aparentemente sem importância, terão um maravilhoso significado espiritual, tanto mais forte se se considera que naquela época muitas pessoas simples, graças ao seu exemplo, se sentem de poder imitar e alcançar o mesmo nível desta alma sem pretender nada ou sem complicações, mas todavia muito exigente com si mesma. Aquela de Teresa é a "estrada da infância", ou "pequena estrada" que faz reconhecer a própria miséria e se abandona com confiança à bondade de Deus como uma criança nos braços de sua mãe.

Na vida de Teresa tudo é um contraste. A sua linguagem é pobre e frequentemente infantil, mas o seu pensamento é genial. A sua vida aparentemente sem dramas é invés uma tragédia de fé. A sua existência se é passada entre quatro paredes do Carmelo, no entanto a sua mensagem é universal.

Teresa escreveu muito. Compôs três manuscritos, um no ano de 1895, "Historia de uma alma" (chamado manuscrito A), autobiografia escrita porque pedida pela irmã Paulina (madre Agnese) um outro no ano 1897 (chamado manuscrito B), ano em que escreve para obedecer à sua priora. As suas irmãs depois recolheram as suas "últimas conversações" no maio de 1897 no dia da sua morte (este chamado manuscrito C). Ficam admirados também pelo grande número de cartas enviadas à família e das numerosas poesias que compôs. Teresa sofreu muito. As provas espirituais que passou no curso desta vida escondida (noite da fé, vazio espiritual, tentação de não crer) a fazem muito perto àqueles que duvidam e não crêem.

Teresa é conhecida quando morre em 1897, mas quando vem canonizada venti oito anos mais tarde, em 1925, a fama da sua santidade se é espalhada rapidamente no mundo inteiro: Lisieux será uma das destinações mais procuradas da grande massa de fiéis de todas as partes do mundo. Teresa vem proclamada, no mesmo ano, sempre pelo papa Pio XI padroeiro universal das Missões, - que ela rezou sempre sem trégua - padroeira da França, como Joana d'Arco.

Em 1997, centenário da sua morte, Teresa é declarada "Doutora da Igreja", a terceira mulher que alcança o máximo de consideração teológica em dois mil anos de Cristianismo, depois de Santa Catarina de Siena e Santa Teresa d'Ávila.

O santo é visto como um protótipo que polariza as energias e indica como realizar o Evangelho em uma determinada época. S. Teresa de Lisieux é profundamente moderna porque ajuda o espírito e o coração a fundir as coisas da terra àquelas do céu e entender as coisas de Deus, do seu Amor, aos comportamentos mais concretos.

Na linguagem de hoje se fala frequentemente de tensão, para exprimir a dificuldade que tem um homem em viver conscientemente a nível espiritual. S. Teresa nos oferece um equilíbrio harmonioso. Por este motivo pode ser facilmente utilizada como modelo de vida espiritual.

A jovem carmelitana põe a santidade evangélica facilmente a todos inserindo-a no normal modo de viver e do seu ímpeto missionário, se irradia a mais genuína contemplação que invade toda a sua incredível fecundidade apostólica.

Doutrina de Santa Teresa

A "pequena estrada" proposta por Teresa consiste em soltar o dinamismo da esperança através da dinâmica de uma confiança total, para poder alcançar o fim do caminho, por assim dizer, com as mãos vazias: apesar da criatura seja empenhada a executar e cultivar todas as obras de Amor, as mãos devem ser repletas somente das obras e dos méritos do próprio Deus.

Para Teresa todos nós somos chamados a alcançar o cume da montanha do Amor e os Santos são aqueles que conseguiram subir sobre a montanha cujo cume se perde no céu. Teresa não se é nunca interrogada sobre o caminho que a teria conduzida à "Montanha do Amor" mas se deixou conduzir por Jesus em total abandono.

E próprio o Amor Infinito que, abaixando-se sobre a criatura, preenche todas a distâncias e todas as obras, salvo a única obra que somente a criatura pode realizar: o abandono total.
Não pode ser o homem a gestar a Misericórdia de Deus nem através da sua fraqueza ou dos seus pecados, ma é Deus misericordioso na sua mesma natureza que se abaixa sobre o nosso nada.

A descoberta de Teresa consiste próprio na necessidade de abandonar-se à Graça porque é certa, que seja o Amor a fazer subir e gerar as obras. A Montanha da santidade é então uma "Montanha de Amor", que é fácil subir quanto é fácil para os braços dos pais levantarem os seus bebes. Para Teresa a "estrada breve" consiste no ser pegada nos braços por Jesus e levada por Ele até o cume da Montanha do Amor.

A "pequena estrada" intuída por Teresa é nova pelo fato de ser incredivelmente breve; tão imediata que não existe, em quanto cada percurso serve para uma distância. Na pequena estrada traçada por Teresa não se prevê nenhum espaço a percorrer, nenhum tempo a esperar, se não o deixar-se pegar aqui, agora. Todavia também se a estrada é toda de Deus, a criatura deve procurar continuamente o lugar apropriado à Misericórdia e colocar-se lá onde a Misericórdia possa exprimir toda a sua grandeza.
Em outras palavras na relação do Amor assim como entendido por Teresa também se um dos dois pegasse toda a iniciativa, ao outro restaria o dever de mergulhar-se na intimidade que lhe é oferecida.

Em síntese a doutrina de Teresa consiste nos seguintes princípios:

1.   Deus é Amor Misericordioso, a Sua natureza o leva a abaixar-se a tudo aquilo que é pequeno e necessitado de amor.

2.   A criatura é mais ela mesma quanto mais compreende o próprio "nada" ou seja, a própria pobreza, a própria miséria e sente no coração os infinitos desejos de Deus.

3.   A fraqueza, a pobreza e até o pecado não são um obstáculo ao amor, ao contrário, as vezes o atraem.

4.   A Igreja é sobre a terra o "ninho de Amor" em que se celebra o encontro entre o Criador e a criatura.

5.   Quando a criatura se deixa atrair e queimar pelo Amor Infinito, leva com si na sua subida todos aqueles que Deus as deu em confiança.

Teresa compreendeu através do movimento caridoso do seu coração e através do olhar da fé o fundamento trinitário da Misericórdia. O vulto do Pai e aquele do Filho quase se sobrepõem no seu coração e na sua mente: entendeu que a Misericórdia é radicada no próprio mistério da natureza de Deus.

Teresa compreendeu através do movimento caridoso do seu coração e através do olhar da fé o fundamento trinitário da Misericórdia. O vulto do Pai e aquele do Filho quase se sobrepõem no seu coração e na sua mente: entendeu que a Misericórdia é radicada no próprio mistério da natureza de Deus.
Teresa quer nos transmitir o Amor Misericordioso de Deus que todo circunda, como um oceano em que a gota se perde, como um abisso onde é doce precipitar. Compreendeu que nas criaturas existem um grande limite "no dar amor", mas que todavia podem ser todos "infinitos no receber amor e em deixar-se amar".

João Paulo II em Lisieux (Pregação do dia 2 de Junho de 1980)
"Ser crianças, transformar-se como crianças quer dizer entrar no meio da maior missão que atravessa o coração do homem. Teresa, ela o sabia perfeitamente. Esta missão vem da origem do amor eterno do Pai. O Filho de Deus, como homem, em maneira visível, "histórica" e o Espírito Santo, em maneira invisível e "carismática", a levam a conclusão na história da humanidade".

Infância

Teresa, já nos primeiros meses de vida, sofreu graves doenças que a conduziram quase à morte. Todavia Teresa escreve; "Como era feliz nesta idade! Já começava a saborear a vida...

A infância feliz

Como passaram rápido os anos ensolarados da minha infância, mas que doce nostalgia esses anos deixaram na minha alma". (Ms A,11r.v) e ainda "Com uma natureza como a minha, se tivesse sido educada por pais sem virtudes... teria sido muito ruim e talvez me teria perdido". (Ms A, 8v).
A primeira infância é o início de uma historia na qual nenhum êxito é impedido seja a santidade como a perdição. Sem uma mãe que ajude a rezar, as palavras se esfriam na boca e no coração. Teresa percebe quanto seja irreparável a perda da mãe "Ah, não é como a mãe... Ela sempre nos fazia orar!" (Ms A,12v).
Era uma família em que Dio era amado e procurado como uma pessoa viva, como uma pessoa querida e presente..
"Mais adiante quando me apareceu a perfeição, entendi que para ser Santa era necessário sofrer muito, procurar sempre a perfeição e esquecer de si mesmos..."
(Ms A, 10r.v.).

A infância sofrida

Com a morte da mãe, Teresa conhece o sofrimento e o seu caráter perde a radiosidade que a distinguia "...o meu caráter feliz mudou completamente, eu tão vivaz, tão expansiva, me transformei em tímida e doce, sensível ao excesso". Teresa escolhe uma segunda mãe na irmã Paolina que faz todo o possível, mas a menina sabe que o mundo materno é fechado para ela para sempre. E no nível do amor que a personalidade foi abalada. Quando Teresa deverá frequentar, como todas as irmãs, o pensionato da Abacia das Beneditinas, aqueles cinco anos serão para ela um tormento. "Com a minha natureza tímida e delicada, não sabia me defender e me satisfazia em chorar sem dizer nada...". (Ms A, 22v).
Existe em nós uma insistente tendência a igualar a bondade com o ceder, a compreensão com a cumplicidade, a paciência com a fraqueza. A Teresa menina lhe vem negada repetidamente a mãe, sofre até morrer e continua a invocá-la desesperadamente, até que esta mesma invocação desesperada pareça suprimir qualquer outro impulso vital. "A Virgem me fez sentir que era verdadeiramente Ela que me tinha sorrido e me tinha curado".

As Graças

Teresa desde a adolescência já conhece por experiência a possibilidade de tocar o coração dos homens também os mais endurecidos. Desde os primeiros anos, é evidente a existência de um dom específico do Espírito Santo, que invade progressivamente todos os espaços da sua alma, do seu coração e até da sua atividade seja interior que exterior ou seja, o dom da Piedade. Ser feliz de Deus e fazê-lo feliz será então o segredo da sua vida.
"Aquilo que vinha a fazer ao Carmelo declarei aos pés de Jesus Eucaristia, no exame que antecipou a minha profissão: vim para salvar as almas e sobretudo a orar para os sacerdotes".

Da infância ao Vulto Santo

Teresa decidiu de percorrer a estrada da mortificação, não tanto como empenho ascético, mas como cortesia amorosa pelo Esposo presente, ao qual tudo queria doar. Um sofrimento duríssimo colpiu Teresa desde os primeiros meses da sua vida monástica, um sofrimento que absorve em si e reformula qualquer outra dor, qualquer outra aridez, qualquer outro destaque afetivo: a grave doença do pai. Teresa queria poder esconder no vulto adorável de Jesus para estar certa de não mais pecar, porque o seu constante tormento interior é de estar certa de não ter ofendido Deus em modo da afastar o Seu rejeito; sò o pensamento que uma tal coisa pudesse acontecer, sem que Ela fosse consciente, lhe angustiava.

 

A Missão

Para Teresa a sua missão terrena é: "Amor e fazer amar a Santa Trindade" e "Amar Jesus e fazê-lo amar".

A Missão terrena de Santa Teresa: Amar

Teresa escolheu verdadeiramente para si o Amor de cada instante e de cada ação; desejava preparar com flores e perfumes o jardim da sua alma para acolher o Rei dos céus e se sentia tão coenvolvida do amor que não conseguia entender nem ela mesma como poderia tirar alguma coisa ao Amor.

Para o místico a perfeição consiste em "fazer a vontade de Deus", invés segundo Teresa é "Ser aquilo que Ele quer que sejamos" e afirma: "quero empenhar-me a fazer com o maior abandono a vontade de Deus".

Teresa teve uma vocação contemplativa. Ela não se fez tanto problema, intuiu com uma radicalidade absoluta que a contemplação era em si mesma ação apostólica.

Teresa fez uma descoberta extraordinária: "para que o Amor seja satisfeito é necessário que se abaixe até o nada e que transforme este nada em fogo". Por isso quer abaixar-se até o nada ou seja reduzir-se a nada para dar espaço a Misericórdia, para faze-la concluir todo o caminho.

Assim Teresa experimenta e ensina a agir sem nunca afastar-se, nem por um minuto, da persuasão que Deus esta fazendo através de nós. Ensina a agir exclusivamente segundo a Sua ação, a agir na persuasão que somente Ele pode verdadeiramente trabalhar nos corações e nas almas e a agir unindo-se sempre mais à essência de Jesus.

A missão "espiritual", de Teresa consistiu nisso: de um lado devia queimar no Amor e no outro devia ficar envolvida nas trevas.Ela mesma escreve: "Me é impossível entregar inteiramente as minhas angústias, teria medo de ofender o bom Deus exprimindo em palavras tais pensamentos. E eu que o amo tanto! Mas tudo isto é incoerente".

A tentação a qual Teresa era coenvolvida se fazia insustentável somente quando o demônio descobria inteiramente as suas cartas e a agredia diretamente ao coração:" Ontem a noite sentia uma grande angústia e as minhas trevas aumentaram. Não sei qual voz maldita me dizia: És certa que Deus te ama?".

Teresa reage sempre à tentação com alegria, paz e fé, também quando as parecem de não compreender nada ou de compreender outras coisas que o demônio as diz ao ouvido. As vezes a tentação a empurra até quase ceder, até lá onde ela pode resistir somente se se abandona completamente nos braços de Deus. Deste modo consegue vencer a tentação da dúvida e a sua força consiste viver neste total abandono nos braços de Deus.

No período da sua prova, Teresa não esquece o próximo, ao contrário, através deste amor lhe parece quase de compreender o verdadeiro significado da "caridade". A este propósito chega até a dar as indicações gerais: suportar os defeitos dos outros, não admirar-se das fraquezas deles, mas sobretudo não esconder a caridade no fundo do coração, a deixá-la emergir em modo que clareie verdadeiramente o próximo. Não é verdadeiro amor se não aquele que nasce do próprio coração de Deus e da Ele emana, tanto que cada amor humano pode somente transferir e trazer em terra aquilo que obteve do alto.

 

O sofrimento de Teresa.

O sofrimento de Teresa era atroz, porque além da doença ao peito se juntou a tubercolose aos intestinos, que trouxe com si a gangrena, enquanto se formavam chagas, causadas pela sua extrema magreza; males que não podiam em algum modo aliviar e se anunciaram dias ainda mais tristes. Foi ela mesma a acompanhar as irmãs dentro ao mistério da sua paixão que se preanunciava particularmente insuportável. "Não serdes tristes, minhas irmãzinhas, se sofro muito e se no momento da morte não vereis em mim, como vos já disse, nenhum sinal de felicidade. Nosso Senhor morreu como vítima de Amor, e vedes que foi a sua agonia!".
(QC 4.6.1).

Quando a agonia de Teresa chegou foi terrível e longuíssima. Contou a irmã Celina (Irmã Genoveffa): "lá pela metade da tarde, ela sentiu dores estranhas em todos os membros. Pousando então o braço no ombros de Madre Agnese de Jesus, ela estendeu o outro em direção a mim para fazer-se apoiar e ficou assim por alguns instantes. Naquele momento tocou três horas... e nós sentimos uma certa emoção. Que coisa pensava ela naquele momento? A nós vinha a imagem surpreendente de Jesus na Cruz e aquela coincidência me pareceu cheia de mistério".
(PO 310).

As cinco se deram conta que o fim era eminente: "Por mais de duas horas a falta de ar se fez sentir. O vulto era congestionado, as suas mãos roxas, tinha os pés gelados e tremia com todos os membros. Um suor intenso lhe descia pelo rosto com gotas enormes e banhava as suas bochechas. Era debaixo de uma opressão crescente, as vezes dava pequenos gritos involuntários. Às seis, quando tocou o Angelus, olhou longamente a estátua da S. Virgem...".
(QG 30.9).

As últimas palavras que Teresa pronunciou sobre a terra, fixando o seu Crucifixo poucos instantes antes de expirar, colpiram os corações de muitos cristãos "Oh, eu o amo! Meu Deus... eu vos amo...". Palavras de amor em uma morte de amor, também se muitas vezes nos esquecemos de qual terrível cruz essas palavras foram elevadas em direção ao Pai celeste.

Os últimos instantes antes de expirar foram uma dulcíssima êxtase que durou quanto o espaço de um Credo, a qual assistiram toda a comunidade ajoelhada perto da cama. Parecia que alguém as falasse e ela fazia pequenos movimentos como se quisesse responder: tinha nos seus olhos uma felicidade inexprimível. Uma infinita surpresa, come se as suas esperanças fossem estadas todas infinitamente superadas. Mas a surpresa maior era dada pelo que transparecia do seu vulto naqueles instantes supremos: parecia que o acolhimento reservado a ela por Deus fosse um carinho e de uma misericórdia tais que nem ela, Teresa, conseguia imaginar.

Tinha dito um dia, para explicar a doçura com que se preparava a ir ao encontro com Deus: "Se Ele me chamará a atenção, mesmo só um pouquinho, eu não chorarei. Mas se Ele não me chamará a atenção, se me acolher com um sorriso, então chorarei!".
(QC 21.7.2).

Por algumas horas o seu vulto aquistou uma comovente beleza, as mãos de Teresa apertavam forte o Crucifixo que não conseguiam tirá-lo da sua mão e o delicado corpo parecia aquele de uma moçinha de 12-13 anos. Assim como Jesus sobre a cruz, Teresa tinha revelado ao mundo toda a sua eterna filialidade, abandonando-se nas mãos de seu Pai.

Aquilo que comove na descrição da paixão da jovem carmelitana é a sua chamada a voltar a ser menina, até á própria substância do seu ser ou seja, no espírito, na alma e até no corpo.

Eu sou "uma pobre pequena nada" dizia Teresa, contemplando com frêmito de paixão e de doçura o Amor que irresistivelmente se abaixava até a ela. E no leito de dor aquela pobre nada, torturada pelo sofrimento, sabia que toda a sua esperança consistia no deixar-se amar.

Aquilo que Teresa teria querido comunicar a todos, mesma reduzida naquele estado deplorável, era o seu sentimento assim resumido em um escrito: "O Deus, como és doce para a pequena vítima do Teu Amor".

A Regra que o patriarca Alberto de Jerusalém deu a um grupo de eremitas latinos reunidos na montanha do Carmelo nos inícios do séc. XIII recita: "Os irmãos eremitas ficam em celas separadas, dia e noite meditando a Lei do Senhor em oração"..

Teresa Carmelitana

"Meditar dia e noite a lei do Senhor" é então a fórmula clássica com que a tradição monástica repreendeu o comando que já o Apostolo Paulo deu aos cristãos de "orar sem interrupção". O preceito bíblico da "oração incessante" caracterizou a Igreja inteira desde as suas origens e é próprio de tal exigência que nasceu a experiência monástica.

Desta depois descende a experiência carmelitana que, no panorama do monaquismo, se apresentará sempre como "originária e paradigmática".

Se aos cristãos é pedido o empenho de fazer com que "toda a vida seja uma contínua oração", obedecendo em cada circunstância à vontade de Deus, com o escutar da Palavra. Aos monges invés vem pedido de fazer com que "a oração se transformasse em toda a vida". Procurando a "calma" interior (hesychia) e aquela exterior (deserto) eles teriam alcançado o ideal de uma oração capaz de abraçar todos os momentos da vida, dia e noite.

Estes eram os objetivos dos primeiros séculos: "Fazer de toda a vida uma oração" e Fazer da oração toda a vida".

Os monges, com o tempo transformados em cenobitas, se assumem o dever de fazer sim que toda a vida, seja um escutar e o cumprir constante da "Lei de Deus". Tal ideal eremita se transforma em uma obrigação para os leigos e monges, pronto sempre a ressurgir em qualquer época da história eclesial, como impulso a uma "oração totalizante".

O Carmelitanismo já no início do séc. XIII, representa um destes renascimentos "eremitas" que se desenvolvem segundo os tradicionais critérios do antigo "esicasmo" patrístico. ((sistema espiritual de orientação essencialmente contemplativo que procura a perfeição).
Já na primeira "fórmula de vida" que Alberto, Patriarca de Jerusalém, escreveu para aqueles eremitas que se eram espontaneamente reunidos na montanha sagrada do Carmelo, representava uma ligeira correção do antigo hermetismo em sentido cenobitico.

O cenobitismo, consolidado à séculos, tinha entendido já a tempo que o hermetismo puro é cristamente perigoso porque risca de tirar o discípulo de Cristo àquele abraço comunitário e eclesial necessário para viver em modo concreto a Encarnação do Filho de Deus. O eremita radical, no tentativo incessante de ascensão à Deus, podia riscar de esquecer a necessidade do abraço eclesial dos irmãos na fé.

Para os primeiros Carmelitanos a "fórmula de vida", representa então o equilíbrio, como resultado do encontro entre um fervoroso e espontâneo renascer da vocação eremítica e a sabedoria já secular da Igreja que oferece pequenos e oportunos corretivos comunitários. Porém o projeto heremítico fica substancialmente intacto e as indicações da Regra são fundamentais àquelas elaboradas no antigo esicasmo.

A experiência carmelitana acrescenta porém algo de específico: aqueles primeiros eremitas interiorizaram um profundo sentido de responsabilidade e, pelo fato que eles eram reunidos na sagrada montanha do Carmelo, se sentiam herdeiros diretos do grande profeta Elia, universalmente reconhecido como Fundador de todo o monaquésimo.

Com o tempo esta certeza, fazia ver que os Carmelitanos vinham do período pré-cristão e os coligava com as origens dos acontecimentos de Cristo, em particular com a Virgem Santa, fez sim que eles sentissem com particular força e responsabilidade eclesial o problema da fidelidade às próprias origens herméticas.

A experiência heremítica no Carmelo pode durar somente alguns anos e se conclui, com a queda do Reino Latino (1261), com uma forçada migração de todos os heremitas no Ocidente, onde porém tinha iniciado a transferir-se desde 1235.
No Ocidente os Carmelitanos tentaram antes de perseverar na forma hermética, mas foram logo constrangidos a assimilar as formas de vida religiosa da época e se transformaram em "fraternidade mendicantes". A tal escopo a original "Fórmula de vida" vem oportunamente mitigada e aprovada como Regra de Inocêncio IV em 1247.

A história da Ordem em Ocidente se desenvolve primeiro em um certo clima de responsabilidade em relação à antiga identidade e depois em vários tentativos de reforma.

O estile de vida dos Carmelitanos se transformou em cenobitico e as fundações dos conventos nas cidades se reduziram a solidão hermética a um estado ideal, com uma participação sempre mais ativa à "cura da alma", à maneira das outras Ordens.
Esta passagem para os Carmelitanos foi acompanhada por fortes perplexidades: eles sentiram ainda mais o "problema" daquelas antigas nobres origens que os coligava ao profeta Elia e aos santos Padres do ântico e do novo Testamento; e isto fazia mais traumático para eles a passagem para a forma cenobítica, mendicante, apostólica de viver.
"Nós deixamos o mundo para poder melhor servir o Criador no castelo da Contemplação": assim exprimem os documentos oficiais ainda no ano 1287.

O heremetismo restou no entanto patrimônio espiritual próprio da Ordem, também se vinha agora compreendido sobretudo como "heremetismo do coração", dar na própria vida um lugar privilegiado à contemplação. Foram considerados como Fundadores da Ordem Elia e Maria. Em particular, um ícone da Anunciação foi para os Carmelitanos aquela que maiormente exprimia o sentido e o escopo da vocação deles.

O radicamento popular da Ordem acontece através da difusão da devoção mariana, em particular através da devoção do Escapular, método simples para o dar-se dos fiéis à Mãe da Misericórdia que cobre os seus filhos com o seu hábito santo.

Orações

Ou pequena Santa Teresa do Menino Jesus que na sua curta existência você era um exemplo de pureza angélica, de grande amor e generoso abandono em Deus, agora que você aproveita o prêmio de suas virtudes dê uma olhada de compaixão para mim que eu confio em você.

ATO DE OFERTA

ao Amor Misericordioso do bom Deus escrito da santa Teresa do Menino Jesus.

Santa Teresinha do Menino Jesus levava noite e dia no seu coração este ato de oferta, no libro dos santos Evangelhos. J.M.J.T.

Oferta de mim mesma como Vítima do holocausto ao Amor Misericordioso de Deus.

Meu Deus, Trindade beata, desejo amar-te e far-te amar, trabalhar pela glorificação da santa Igreja, salvando as almas que estão na terra e livrando aquelas que sofrem no purgatório. Desejo fazer perfeitamente a tua vontade e chegar ao grau de glória que tu no teu reino preparou para mim, em uma palavra, quero ser santa. Sinto porém a minha impotência e te peço, oh Deus, de ser tu a minha Santidade.
Como tu mi amaste até me dar o teu único Filho como Salvador e Esposo, os tesouros infinitos dos seus méritos são para mim; os ofereço a ti com alegria, suplicando-te de não olhar-me se não através do Vulto de Jesus e no seu Coração ardente de Amor.
Te ofereço todos os méritos dos santos (que estão no céu e na terra), os atos de Amor deles e aqueles dos anjos santos; enfim te ofereço, o beata Trindade, o Amor e os méritos da Madona, Mãe minha querida; é a ela que entrego a minha oferta, suplicando-a de apresentá-la a ti.
O seu divino Filho, meu Esposo, Preferido, quando era sobre a terra nos disse: "Tudo aquilo que pedireis ao meu Pai no meu nome, Ele vos concederá!". Estou então certa que me exaurirá.
Sei, oh meu Deus, mais queres dar, mais fazes desejar.
Sinto no meu coração imensos desejos e é com confiança que te peço de vir a impossessar-se da minha alma. Ah, não posso receber a santa comunhão todas as vezes que o desejo, mas, Senhor, Tu não és o Onipotente? Fica comigo, como no tabernáculo, não afastar-te nunca da tua pequena ostia...
Gostaria de consolar-te pela ingratidão dos ruins e te suplico de tirar-me a liberdade de desagradar-te; se as vezes, por fraqueza, deveria cair, o Teu Olhar Divino purifique logo a minha alma queimando cada imperfeição, como o fogo que transforma em si todas as coisas...
Meu Deus, te agradeço de todas as graças que mi deste, em particular de ter-me feito passar através do sofrimento. E com alegria que te contemplarei, no último dia, levando a cruz;
porque te dignaste de fazer-me parte desta cruz tão preciosa, espero de assemelhar-ti no céu e de ver brilhar sobre o meu corpo glorificado as sagradas estigmates da tua Paixão...
Depois do exílio terreno, espero de apreciar-te no teu reino; mas não quero acumular méritos para o céu; quero trabalhar somente pelo teu Amor, no único desejo de fazer-te feliz, de consolar o teu sagrado Coração e de salvar almas que te amarão para sempre.
Ao entardecer desta vida, me apresentarei a Ti, oh Senhor, com as mãos vazias, porque não quero pedir-te de cantar as minhas obras… Toda a nossa justiça se apresenta manchada aos teus olhos. Quero revestir-me então da tua Justiça e receber do teu Amor o possesso eterno de Ti. Não quero outro Trono ou outra Coroa se não Ti, oh meu Preferido!...
Aos teus olhos o tempo é nada, um dia somente são como mil anos, Tu podes, então, em um instante, preparar-me para que eu apareça diante a Ti.
Para viver em um Ato de Amor Perfeito, ME OFEREcedil;O COMO VÍTIMA DE HOLOCAUSTO AO TEU AMOR MISERICORDIOSO, suplicando-te de consumir-me sem parar, deixando transbordar na minha alma um fluxo de infinita doçura que estão dentro di ti e que eu seja, assim, Mártire do teu Amor, oh meu Deus!...
Que este martírio, depois de me ter preparado a aparecer diante de Ti, me faça, depois, morrer e que, logo, a minha alma voe no eterno abraço do teu Amor Misericordioso. Oh meu Preferido, a cada pulsar do meu coração quero renovar esta oferta, infinitas vezes, até que, desaparecida as sombras, eu possa confirmar o meu Amor em um Eterno Face a Face...

Maria Francesca Teresinha
do Menino Jesus e do Santo Vulto
carm.sc.ind.

Festa da S.S. Trindade, 9 junho do ano de graça 1895


CONSAGRAÇÃO VULTO SANTO

(composta para o noviciado)

Oh Vulto adorável de Jesus! Como tu se dignou de escolher em modo particular a nossas almas para doar-te a elas, nos viemos a consagrá-las a Ti.
Oh Jesus, nos parece de te escutar dizer: "Abre, minhas irmãs, minhas esposas preferidas, porque o meu Vulto é coberto de orvalho e os meus cabelos estão úmido devido a neblina da noite".
As nossas almas entendem a tua linguagem de amor; queremos procurar o teu doce Vulto e te consolar na escuridão dos pecadores. Aos olhos deles, Tu estás ainda como escondido... Te consideram como um objeto de desprezo!
Oh Vulto mais bonito dos lírios e das rosas primaveris! Tu não estás escondidos aos nossos olhos! As lágrimas que banham o teu Olhar Divino nos parecem preciosos diamantes que queremos recolher, para comprar, com o infinito querer deles, as almas dos nossos irmãos.
Escutamos o amoroso lamento da tua Boca Adorada. Compreendendo que a sede que te queima é sede de Amor, gostaríamos de possuir um Amor infinito para te poder satisfazer.
Esposo preferido das nossas almas! Se pudéssemos ter o amor de todos os corações, todo este amor seria para Ti... Então! Dá-nos este amor, vem beber através das tuas pequenas esposas...
Senhor, nos servem almas de apóstolos e mártires, a fim de que, com eles, possamos inflamar do teu amor a multidão de pobres pecadores.
Oh Vulto adorável, gostaríamos de obter da Ti esta graça! Esquecendo o nosso exílio nas margens do rio da Babilônia, nós cantaremos para os teus ouvidos as mais doces melodias. Como Tu és a verdade, a única Pátria das nossas almas, os nossos cantos não serão cantados em terra estrangeira.
Oh querido Vulto de Jesus! Esperando o dia eterno em que contemplaremos a tua Glória infinita, o nosso único desejo é de fazer alegrar os teus Olhos Divinos, escondendo também o nosso viso, a fim de que aqui embaixo ninguém possa nos reconhecer... O teu Vulto velado é o nosso Céu, oh Jesus!...

ORAÇÃO
Para alcançar graças por sua intercessão

Santa Teresinha do Menino Jesus que na vossa curta existência, de amor forte, e de tão generosa entrega nas mãos de Deus, agora que gozais do prêmio de vossas virtudes, volvei um olhar de compaixão sobre mim, que plenamente confio em vós.
Fazei vossas as minhas intenções, dizei por mim uma palavra àquela Virgem Imaculada de que fostes a florzinha privilegiada, à Rainha do Céu que vos sorriu na manhã da vida. Rogai-lhe a Ela que é tão poderosa sobre o Coração de Jesus, que me obtenha a graça por que nesta hora tanto anseio, e que a acompanhe de uma bênção que me fortifique durante a vida, me defenda na hora da morte e me leve à eternidade feliz. Amém.

- Pai, Ave, Gloria
- Salve, o Rainha


TRIDUO A SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS

OREMOS
- Oh Deus, vem nos salvar.
- Senhor, vem logo em minha ajuda.
- Glória ao Pai...


1.   Eterno Pai que com infinita misericórdia recompenses quem fielmente escuta a tua palavra, pelo amor puríssimo que tua filha Santa Teresinha teve pelo Menino Jesus, em modo a obrigar-te a exaurir no céu os seus desejos, porque ela na terra tinha aderido com alegria à tua vontade, seja propício às suplicas que para mim ela mesma Te implora, e satisfaz as minhas orações dando-me a graça que Te peço.
- Pai Nosso, Ave, Glória

2.   Eterno Filho divino que prometeu de recompensar também o menor serviço feito ao próximo pelo teu amor, volve um olhar à tua esposa Santa Teresinha do Menino Jesus que teve tanto no coração a salvação das almas e por quanto fez e sofreu, escuta a sua promessa de "transcorrer o céu fazendo o bem na terra" e me concedes a graça que com tanto ardor Te peço.
- Pai Nosso, Ave, Glória

3.   Eterno Espírito Santo que enriqueceu com tantas graças a alma eleita de Santa Teresinha do Menino Jesus, eu Te suplico pela fidelidade com que correspondeu aos teus santos dons: escuta a oração que para mim ela mesma Te replica e acolhendo a sua promessa de "deixar cair uma chuva de rosas", concede-me a graça de que tenho tanta necessidade.
- Pai Nosso, Ave, Glória

De Lisieux

A vida cristã é um caminho que segue a estrada que vai em direção ao Pai com a ajuda da graça do Filho de Deus, em quanto necessitados desta ajuda para nos manter no caminho.

O drama da sua vida

O pecado, seja aquele que nós cometemos seja aquele que os outros cometem, nos estimula ao mal, se solidifica em estruturas que nos condicionam e nos tentam de nos perverter. São agressões constantes, as vezes violentas e diabólicas que atentam à nossa condição de filhos de Deus.

Neste drama nós atravessamos o tempo da nossa vida, por isso é necessário orar e trabalhar a fim de que o Senhor nos conceda o milagre da santidade, ou seja, a descoberta quotidiana de não poder ficar sem Jesus, de não ter outro amor que não seja Ele.

Teresinha, na sua terrível paixão dos seus últimos meses de vida, fez as suas mais tenras dedicações de amor e de confiança a Deus, porque aprendeu a conhecê-lo como Pai e a confiar completamente e obstinadamente nas Suas mãos, apesar das trevas do sofrimento.

Deus as vezes dos filhos mais amados exige o máximo, o que tem de mais difícil, o que é mais querido ao seu coração de Pai, ou seja, oferecer si mesmo pela salvação dos irmãos.

Teresinha disse sim, um sim integral, a nome de todos nós. Com o seu sim Teresinha si colocou completamente nos braços de Deus, o único que a podia totalmente e eternamente amar.

A experiência de Teresinha tem alguma coisa de perplexidade. Não foi entendida pelas suas irmãs que pegaram com leveza a mensagem. Não foi entendida pelos leitores que encantados da "Historia de uma alma" pensavam a uma santidade um pouco fácil. Ao processo de beatificação se duvidou do heroísmo das suas virtudes, tão ordinária parecia a sua estrada. Teresinha transmite a sua mensagem com uma linguagem disarmante, não usa termos abstratos e sem dúvida não é somente uma grande santa mas é também uma grande mestre de espiritualidade e de doutrina. Hans Von Balthazar falou de "existência teológica", em quanto toda a sua vida demonstrou em modo essencial, verdades extraordinárias.

Teresinha sente de poder alcançar com o seu amor quem há necessidade. Percebe de ter um lugar na igreja, aquele mesmo lugar que ocupa o Senhor, o lugar do Amor que se expande em todos os tempos e em todos os lugares. Amor que faz Teresinha missionária por excelência: ela é certa que "uma alma inflamada de amor não pode ficar inativa".

O mundo se salva de joelhos, o salvam quantos decidem de serem como crianças. Quantos aceitam como graça de descobrir os próprios limites e de transformá-los em grandeza, em uma invocação ao Deus clemente e misericordioso. Quantos fazem experiência que o Senhor nos ama por causa dos nossos limites? Quantos usam a expressão de S. Paulo: "Ponho a minha força nas minhas fraquezas"?

A espiritualidade de Teresinha revive naqueles que a sentem irmã e patrona e são capazes do abandono, de acolher a vida como a terra faz com a semente e atender com paciência as cores da primavera com os perfumes do tempo pascoal e o calor de verão. Com a esperança de saber atender o sereno e de ter a força de sorrir pelo temporal que muda os planos e cria os problemas. Com a contínua vontade de acolher, atender e aceitar o Mistério na total confiança ao Senhor.

Fonte - https://digilander.libero.it/raxdi/porto/temiteresa.htm

Compartilhar
Back to top

Copyright © Comunidade Sião 2024

Template by Joomla Templates & Szablony Joomla.