Qual o papel do Diácono na liturgia?

Por Pe. Edward McNamara, L.C.

Pergunta 1: O diácono também eleva o cálice ou a patena junto com o celebrante no momento da doxologia final da oração eucarística?

Esta pergunta é respondida com clareza pelo Ordenamento Geral do Missal Romano (OGMR), no nº 180:

180. Durante a doxologia final da oração eucarística, o diácono, ao lado do sacerdote, eleva o cálice, enquanto o sacerdote eleva a patena com a hóstia, até que o povo tenha respondido com a aclamação: Amém.

Observe-se que o diácono eleva o cálice em silêncio e não participa do canto ou da recitação da doxologia.

Pergunta 2: Após a bênção final do celebrante, no fim da missa, quando o diácono diz ao povo: “Ide em paz …”, ele pronuncia essas palavras abrindo os braços como quando o padre diz “O Senhor esteja convosco”? Ou deve dizê-las de mãos juntas?

Relativamente a esta questão, o OGRM afirma especificamente nos números 184 e 185 que o diácono o faz com as mãos juntas:

184. Terminada a oração depois da comunhão, o diácono faz ao povo eventuais breves avisos, a não ser que o sacerdote prefira fazê-los por si próprio.
185. Quando se usa a fórmula de bênção solene ou a oração sobre o povo, o diácono diz: Inclinai-vos para receber a bênção (Inclinate vos ad benedictionem). Depois da bênção dada pelo sacerdote, o diácono despede o povo, dizendo, de mãos juntas, voltado para o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe (Ite, missa est).

Também com as mãos juntas, o diácono saúda o povo antes de ler o evangelho, dizendo: “O Senhor esteja convosco”, e mantém as mãos juntas quando faz o convite ao abraço da paz.

Em outras palavras, a regra geral é que o diácono nunca faz o gesto de abrir os braços e depois juntar as mãos durante a missa.

A explicação é muito simples: o gesto de abrir os braços e juntar as mãos quando se saúda a assembleia durante a missa é considerado um ato presidencial e, portanto, é reservado ao celebrante.

Além disso, o sinal da paz e a despedida no final da missa não são saudações, mas “ordens” para a assembleia.

O “Senhor esteja convosco” antes do Evangelho é um caso especial, pois é, de fato, uma saudação; mas, uma vez que a leitura do Evangelho não é, tradicionalmente, um ato presidencial no rito latino, deve ser pronunciado com as mãos juntas.

Note-se ainda que, quando um padre celebra sem o diácono, ele não abre os braços nos momentos citados acima.
A situação é diferente quando um diácono preside uma assembleia, como, por exemplo, para o ofício divino ou para o serviço da comunhão, e saúda a assembleia estendendo e depois juntando as mãos da mesma forma que o sacerdote.

Pergunta 3: O diácono pode dar a bênção eucarística?

Considerando que o diácono é um ministro ordinário do culto eucarístico, na ausência do sacerdote ele pode realizar praticamente todos os ritos previstos para o culto eucarístico fora da missa.

Portanto, quando nenhum sacerdote está presente ou disponível, o diácono pode, sim, dar a bênção. Ao fazê-lo, ele usa as mesmas vestes do sacerdote.

No entanto, se um sacerdote está disponível, o diácono assiste o sacerdote na forma descrita nos livros: expor e repor o Santíssimo Sacramento, apresentar ao sacerdote o ostensório para a benção e depois recolocá-lo no altar.
Por “indisponibilidade” do sacerdote não se entende necessariamente uma ausência total, mas também algum impedimento razoável. Por exemplo: se o padre está ouvindo confissões e há muitos fieis esperando para confessar-se, o diácono, presidindo as devoções eucarísticas, pode dar a bênção

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