SANTÍSSIMA TRINDADE

Hoje Domingo da Solenidade da Santíssima Trindade.

A Teologia da Santíssima Trindade é um tanto complexa, por isso mesmo a Igreja costuma falar: “o Mistério da Santíssima Trindade”. Se conseguíssemos entender tudo sobre o assunto, não seria tão “mistério” assim.

A Liturgia desse Domingo nos convida a fazer uma reflexão sobre esse tema, as leituras nos ajudam a descobrir algumas idéias novas.

O objetivo maior seria viver como a Trindade vive. Por mais que isso seja inatingível, temos que morrer tentando. Somente assim, conseguiremos construir um mundo novo: de união, comunhão, participação, partilha...

Devemos buscar com coragem para assumirmos o Deus Trinitário em nossos corações!!!

A heresia (doutrina que se opõe aos dogmas – verdades de fé) de Ario provocou certas controvérsias nos séculos IV e V. No Ocidente, principalmente na Espanha e na Gália, ameaçadas pelo arianismo, surgiu uma acentuação específica sobre a doutrina trinitária.

            Encontramos assim, nos meados do século VII, VIII e IX, testemunhas dessa festa, como no Sacramentário Gelasiano e documento de mosteiros beneditinos franco-galianos. Essa solenidade era celebrada no segundo domingo após Pentecostes.

            O Papa Alexandre II (1073) dizia nesse período que não se devia celebrar uma festa especial à Santíssima Trindade, pois a cada domingo e nas eucaristias diárias se celebra a memória dessa unidade na Trindade. Em 1334, o Papa João XXI introduziu essa celebração para toda a Igreja. O costume de celebrar no primeiro domingo após Pentecostes é uma espécie de memorial de ação de graças sobre o mistério salvífico do Pai que opera pelo Filho no Espírito Santo.

            A missa da festa se distingue pelas leituras.

O Evangelho do ano A (Jo 3, 16-18) é a proclamação do amor do Pai que doou o seu Filho para nos salvar. A leitura do Antigo Testamento (Ex 34, 4-6.8-9) nos mostra a misericórdia e a bondade de Deus. A segunda leitura nos mostra o Amor e a Paz que é a razão da graça, amor e comunhão do Espírito Santo.

            O Evangelho do ano B traz a mensagem de Jesus conforme as palavras finais do Evangelho de Mateus, no qual Jesus dá aos apóstolos a missão de pregar pelo mundo inteiro. A leitura do Antigo Testamento (Dt 4, 32-34.39-40) recorda a Aliança de Deus-Misericordioso que salva o povo da escravidão do Egito. A segunda leitura (Rm 8,14-17) mostra que o batismo é a concretização dessa Nova Aliança porque nos tornamos filhos  pelo Espírito Santo e participantes do Mistério Pascal de Cristo.

            Esta festa nasceu, assim como uma defesa da doutrina sobre a Trindade e quer ser um exemplo para a comunidade Igreja na busca da unidade apesar da multiplicidade. A essência da Igreja é a comunidade e a participação, procurando atualizar a essência de nosso Deus. O ser cristão é o esforço para se viver a comunhão como Pai no Filho pelo Espírito Santo.

            Celebrar essa festa é comprometer-se com a Igreja que louva, agradece ao seu Deus, que é uno no Amor e trino nas suas manifestações pessoais. Todo nosso ser decorre do ser divino que fundamenta o nosso agir e o nosso testemunho. Nosso Deus é uma comunidade de amor e doação e nos convoca a viver essa comunhão e participação, vivendo a fraternidade que vai além da raça, da cor, do sexo e a te da religião.                  

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